Moisés surpreende ao bancar pauta dissociada do PSL

Ao negociar com o agronegócio na quinta-feira, sem grandes concessões, se mostrou surpreendentemente hábil

 

 

DESCOLADO

O governador Carlos Moisés (PSL) surpreendeu na maneira com que conduziu a crise instalada no seu gabinete com o aumento de zero para 17% sobre a alíquota de ICMS de todos os agrotóxicos comercializados no Estado. Nas últimas semanas foi estocado por várias entidades ligadas ao agronegócio, sofreu críticas na imprensa e até de deputados do seu partido, além do próprio líder do governo na Assembleia, Mauricio Eskudlark (PSD).

 

 

 

Não deu bola para ninguém e, silenciosamente, elaborou um projeto alternativo, que escalona a alíquota de acordo com a nocividade do agrotóxico. A tabela começa a valer em 2020, até lá todos seguem isentos. Aparentemente, o setor acolheu, mesmo torcendo o nariz, o que pareceu “melhor um pássaro na mão que dois voando”, até porque, estima-se, 70% dos defensivos agrícolas usados no Estado se enquadram entre os que seguem isentos ou pagariam 4,8% de ICMS.

 

 

 

 

Críticos do próprio governo, os peeselistas Ana Caroline Campagnolo e Jessé Lopes usaram a polêmica para discursos estridentes contra Moisés na Assembleia. Informação não confirmada pela própria direção do PSL estadual, de que Moisés teria pedido a expulsão dos dois do partido por causa das críticas foram capitalizadas juntos as respectivas claques nas redes sociais pelos dois deputados, que não perdem a oportunidade de lembrar o governador de que ele foi eleito pela onda 17, de Bolsonaro. Lopes chegou a colocar o quadro de Moisés de castigo no seu gabinete. A resposta de Moisés: o silêncio.

 

 

 

 

A entrevista à Folha de S.Paulo, já comentada aqui, deixou os bolsonaristas-raiz endoidecidos. Moisés não rebateu nenhuma crítica.

 

 

 

 

Assim, o governador se mostra cada vez mais descolado da extrema direita que acha que assim como domina o Governo Federal, também tem o Estado nas mãos. De perfil moderado e discreto, Moisés é adepto do trabalho em silêncio e não tem dado bola aos radicais. A esperar os resultados.

 

 

 

 

 

 

 

Posso continuar um excelente mandato mesmo fora do partido, mas o PSL não será um excelente partido no estado se expulsar sua representante mais bem alinhada ideologicamente e nacionalmente reconhecida por isso”

da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo, mesmo depois de o presidente estadual do PSL negar qualquer pedido de expulsão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APROXIMAÇÃO

A foto ilustra nota publicada dias atrás aqui na coluna falando sobre a aproximação do prefeito Beto Passos (PSD) do MDB. Ao receber emenda de R$ 100 mil que será destinada ao Hospital Santa Cruz, carimbada pelo emedebista Carlos Chiodini, Passos recebeu também o ex-deputado Mauro Mariani. Não bastasse posar para foto, rasgou elogios ao “amigo”: “Tive a honra de receber a visita do ex-deputado federal Mauro Mariani. Homem público honrado que muito fez pelo nosso município e tem o carinho da nossa gente. Grande amigo Mauro seja sempre bem vindo em Canoinhas! Forte abraço.”

 

 

 

 

 

 

 

“Existe o risco de o MDB desaparecer”

do ex-senador e ex-governador do RS, Pedro Simon, sempre disposto a cutucar o partido com vara curta. Ele aconselha uma “profunda reflexão” ao partido se quiser se manter

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EMENDAS

Prefeito Luiz Shimoguiri e deputado federal Fabio Schiochet após a assinatura de liberação de emenda/Divulgação

Deputado Fábio Schiochet (PSL) vem cumprindo a promessa de defender os interesses do Planalto Norte em Brasília. Nesta semana distribuiu emendas pela região. Foram R$ 500 mil para Bela Vista do Toldo, R$ 350 mil para a compra de um caminhão caçamba 6×4 e seis plainas niveladoras para a Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Meio Ambiente de Major Vieira, R$ 300 mil para compra de uma escavadeira hidráulica para a Secretaria de Agricultura de Três Barras, e R$ 250 mil para a Secretaria da Agricultura de Papanduva. 

 

 

 

De acordo com o deputado, o valor deve ser pago até no máximo o mês de janeiro do próximo ano.

 

 

 

 

 

 

 

 

RECONHECIMENTO

Demitido da direção do Hospital Santa Cruz, Derby Fontana foi homenageado com uma placa pelos funcionários do HSCC.

 

 

 

 

 

 

R$ 24,3 bilhões

foi quanto as igrejas faturaram em 2013 no Brasil, segundo a Receita Federal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRABALHO INFANTIL

Entrou para os anais da Câmara de Canoinhas a declaração de Gil Baiano (PL) em apologia ao trabalho infantil nesta semana. “Inspirou-se no Bolsonaro”, avaliam seus pares. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CANDIDATO PAGANTE

O Novo faz jus ao nome ao criar uma taxa que pode chegar a até R$ 4 mil cobrados daqueles que querem se candidatar pelo partido em 2020. O processo de seleção dos candidatos consistirá em três etapas, organizadas por uma empresa de consultoria. A cada nova etapa o candidato paga uma taxa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BALANÇA

Os mais ricos são os que mais se beneficiam com as deduções do imposto de renda. Segundo a Receita Federal, 40% das deduções com educação ficam com os mais ricos. No caso das despesas de saúde mais da metade das deduções é concedida a quem ganha mais de dez salários mínimos.

 

 

 

 

 

 

 

 

NADA A MOSTRAR

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), briga na Justiça para que os senadores mantenham em sigilo as notas fiscais que justificam seus gastos com a chamada cota parlamentar até junho deste ano. Destinada a cobrir despesas relativas ao exercício do mandato, a cota varia entre R$ 30 mil e R$ 45 mil, a depender do Estado do congressista. O alvo da ação judicial é o próprio Alcolumbre, mas a decisão pode beneficiar a todos seus colegas na Casa.

 

 

 

 

 

 

R$ 1,6 milhão

foi quanto o governo Bolsonaro já gastou com medalhas e comendas

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPELAS

Vereador de Três Barras, João Canani (PSB) cobrou a ampliação das Capelas Mortuárias no município. Segundo ele, a estrutura atual não tem dado o suporte necessário às famílias num dos momentos mais difíceis. A proposição verbal teve respaldo de outros vereadores.

 

 

 

 

De acordo com Canani “o número de óbitos, infelizmente, tem sido alto no município”, lembrando que não existem espaços adequados para receber os velórios, caso haja mais de uma ocorrência no dia em Três Barras. “Nós sabemos que as comunidades das igrejas têm dificuldade para atender as famílias, e a gente acaba deixando as pessoas sem assistência numa hora que as famílias ficam sem chão”, reclamou.

 

 

 

 

 

30 

dos 81 senadores se declaram contra a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil nos EUA

 

Rolar para cima