“Não haverá odores sentidos pela vizinhança”, afirma engenheiro ambiental

Projeto foi apresentado durante audiência pública na noite desta quarta-feira, 6, na Câmara de Canoinhas

 

 

Representantes da Funerária Santa Cruz apresentaram na noite desta quarta-feira, 6, em audiência pública na Câmara de Vereadores de Canoinhas o projeto de construção de um crematório anexo ao velatório da funerária na rua Lourenço Wrubleski, em frente ao Cemitério Municipal de Canoinhas. Atualmente a área é usada como estacionamento da funerária.

 

 

A apresentação do projeto foi feita pela engenheira civil Marina Humenhuck Markiv. Na sequência, o engenheiro ambiental Emerson Guilherme Petrentchuck fez uma explanação dos impactos do empreendimento. “Após a despedida dos familiares, os corpos serão armazenados por 24 horas em câmara fria, eximindo qualquer chance de odores a serem emitidos para a vizinhança”, afirmou Emerson, respondendo a uma das principais preocupações dos vizinhos do empreendimento presentes na audiência.

 

 

 

Emerson explicou que todas as consultas prévias com relação ao impacto ambiental do empreendimento já foram feitas. Ruídos e, possivelmente, alguma vibração, durante a construção serão os únicos inconvenientes. 

 

 

 

 

O crematório terá duas câmaras de cremação, com sistema controlado. A queima dos corpos se dará a 1.200 graus celsius. Partes metálicas dos caixões serão removidas antes da cremação. Uma chaminé de 7,5 metros de altura descartará apenas calor, porque haverá uma requeima dos gases na segunda câmara crematória. O forno de cremação pesa em torno de 15 toneladas.

 

 

 

Emerson exemplificou o processo lembrando que a cremação de um corpo libera 20 partículas por milhão de monóxido de carbono. Comparativamente, um só cigarro libera 2.000 partículas por milhão.

 

 

 

O engenheiro mostrou imagens de crematórios em várias cidades do Sul do País que ficam em áreas residenciais. “Não haverá danos ambientais, nem problemas de ordem econômica, além disso, estará localizado em frente ao Cemitério Municipal e vizinho de outras capelas mortuárias”, argumentou. Finalizou afirmando que “os impactos são apenas provisórios e passageiros, sendo acionados apenas durante o processo de construção da obra”.

 

 

 

Marina destacou a redução do custo de uma cremação se comparada a compra de um terreno no cemitério, ressaltando, também, os benefícios ambientais. “A cremação custa em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil, enquanto que um sepultamento custa bem mais caro”.

 

 

 

Segundo Marina, o próximo passo será a questão estrutural do projeto, que deve ser entregue na prefeitura para aprovação. A expectativa é de que a obra comece em meados de 2020.

 

 

 

PERGUNTAS

Questionado pelo presidente do Conselho de Plano Diretor (Conplan) do Município, Itsuro Murakami, sobre a possibilidade de haver odor específico a partir da cremação, Emerson reforçou que “vai ser seguido o processo fúnebre normal, com a descontaminação do corpo, que ficará em uma câmara fria à espera da cremação. Na hora da cremação os gases não serão liberados, eles serão requeimados e passados por um filtro secundário”. Plásticos e materiais metálicos serão destinados para uma empresa nos moldes da GR Soluções Ambientais, que dá o adequado destino a resíduos de saúde, como seria o caso. 

 

 

 

Moradores questionaram se, dependendo do vento, o odor poderia ser detectado nas casas vizinhas. “Como eu vou ter a garantia de que a fumaça não vai me afetar?”, perguntou moradora vizinha do futuro crematório. “Será emitido unicamente calor porque os gases serão queimados. A emissão será monitorada pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente)”, destacou Emerson.

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