Obras devem ser concluídas em novembro de 2020
Começaram nesta semana as obras de restauração da Estação Ferroviária de Marcílio Dias, em Canoinhas. O prazo para conclusão é de meados de novembro de 2020. O custo total é de R$ 2,533 milhões, valor já liberado pelo Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) monitora a obra.
Segundo o arquiteto Claudio Forte Maiolino, responsável técnico da Albatroz, empresa licitada para executar a obra, a empresa é especializada em restauração e só trabalha com esse tipo de obra. “Estamos fazendo a instalação inicial da obra, colhendo amostras, levando telhas e parte do reboco, por exemplo, que devem ser analisados em laboratório, para identificar o tipo de argamassa usada”, explica. Profissionais da empresa estão escorando as estruturas danificadas. A mais prejudicada é do antigo restaurante, que será a primeira a ser restaurada.

Arquitetura Construção e Restauração/Fátima Santos
Viviane Bueno, especialista em Patrimônio Histórico, está acompanhando as obras. Ela explica que serão restaurados os três prédios que compõem a estação: o restaurante, a estação propriamente dita e o depósito. A estação de Marcílio Dias é uma das raras do Estado que ainda mantém os três prédios. “Se é imbuia será restaurada com madeira de imbuia”, explica frisando a precisão técnica das edificações.
Onde está o prédio da estação será montado um memorial aos ferroviários que por ali passaram. O restaurante será licitado para uma empresa que trabalhe com gastronomia explorá-lo comercialmente. Entre os requisitos para o funcionamento do restaurante estaria a oferta de pratos típicos regionais. O antigo depósito funcionará como um espaço cultural, com aulas de violão, violino, teatro e afins durante a semana. Nos finais de semana, a moradores de Marcílio Dias que têm uma produção gastronômica e artesanal poderão expor seus produtos para o público.
A exploração turística do complexo ficará a cargo do Município de Canoinhas, que tem contrato de 15 anos para gerir a Estação que, originalmente, pertence à União.