Na tribuna, deputados do PSL afirmam que são perseguidos por Moisés

Deputados  Ana Campagnolo e Jessé Lopes criticaram o governador na tribuna

 

 

MANIA DE PERSEGUIÇÃO

Os deputados Ana Campagnolo e Jessé Lopes ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão desta quarta-feira, 27, para comentar sobre os processos de expulsão dos quais são alvo na comissão de ética do PSL. Eles atribuíram os processos ao governador Carlos Moisés da Silva e afirmaram que o chefe do Executivo estadual foi eleito graças a Jair Bolsonaro, mas, ao assumir o comando do Estado, traiu os ideais do bolsonarismo.

 

 

 

Jessé questionou a liderança de Moisés dentro do PSL catarinense. “Jamais vai ser meu líder quem recebe MST no seu gabinete, quem assina agenda globalista da ONU. Não tem moral para ser meu líder”, afirmou o deputado, que diz estar sendo perseguido pelas críticas que tem feito a Moisés. “A culpa é minha de não cumprir o que prometeu? Isso não é coisa de quem quer ser líder.”

 

 

 

“Nós sabemos que é o senhor [Moisés] que está por trás disso. Pessoa que não aceita ser afrontada em circunstância nenhuma”, declarou Ana Campagnolo. A parlamentar declarou que o governador tem perseguido deputados do partido, apesar da bancada do PSL ter votado a favor de mais de 80% dos projetos de interesse do Executivo na Alesc .

 

 

 

 

Ana afirmou, ainda, que Moisés “confunde o cargo com a pessoa”. “Não somos oposição ao governo. Nossas críticas são ao caráter do Moisés, não ao governo dele.”

 

 

 

 

Ela ressaltou que os eleitos pelo PSL têm como liderança o presidente Jair Bolsonaro. “E todos sabem disso. Os verdadeiros traidores são aqueles que usaram o nome dele [Bolsonaro] para se eleger e depois o abandonaram”, disse Ana, que cobrou de Moisés preocupação com os projetos dos deputados da bancada. “Que o senhor comece a mudar o comportamento, deixe de perseguir os deputados e dê apoio aos nossos projetos.”

 

 

 

 

 

 

 

AFRONTA

As críticas dos deputados são legítimas, até pela liturgia do cargo, mas Ana Caroline dizer que Moisés não aceita ser afrontado exige dela uma pequena reflexão. Afinal, há intransigência maior que a que ela e Jessé Lopes tem em relação a qualquer crítica, seja a eles ou, principalmente, ao governo Bolsonaro?

 

 

 

 

 

 

 

NADA

Deputado estadual por três mandatos, ao ser questionado sobre a atuação dos novatos do PSL responde com um sonoro “nada”. Essa é a sensação geral dentro da Assembleia. O que se vê é muito barulho, muita raiva, discursos indignados e cheios de preconceito com tudo que eles não conhecem por terem sido formados na bolha da internet e terem simplesmente navegado nas ondas Bolsonaro acertadamente. De efetivo, no entanto, nada mesmo.

 

 

 

 

 

 

 

 

ORÇAMENTO DA SAÚDE

Deputado estadual José Milton Scheffer (PP) anunciou que, graças a uma mobilização de parlamentares e de entidades ligadas aos hospitais, foram revertidos os cortes de quase 40% nos repasses para o SUS previstos para o Orçamento da União de 2020. Segundo o deputado, para o ano que vem, haverá uma correção no valor a ser repassado para o Estado, que deve receber R$ 1,768 bilhão, quase R$ 40 milhões a mais que o previsto para este ano.

 

 

 

 

 

 

 

 

LIBRAS

Além dos projetos de lei (PLs) sobre os benefícios fiscais e os recursos para a segurança pública, os deputados catarinenses aprovaram, na sessão desta quarta-feira (27), três matérias de origem parlamentar, que também seguem para análise do governador Carlos Moisés da Silva (PSL).

 

 

 

 

O PL 380/2017, do ex-deputado José Nei Ascari, foi o que mais gerou polêmica. Ele regulamenta profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em Santa Catarina.

 

 

 

 

 

O PL 380/2017 foi aprovado com os votos contrários de Bruno Souza, Jessé Lopes (PSL), Coronel Mocellin (PSL) e Ricardo Alba (PSL). Souza criticou a proposta, affirmando que ela é inconstitucional, por invadir competência privativa da União. 

 

 

 

 

 

 

 

FÉRIAS COLETIVAS

Prefeito Beto Passos (PSD) publicou ontem portaria que concede férias coletivas nas repartições públicas municipais, no período de 02/01/2020 a 31/01/2020. A ideia é manter somente os serviços essenciais.

 

 

 

 

 

 

 

 

FUNDO

O Congresso derrubou ontem sete vetos do presidente Jair Bolsonaro à minirreforma eleitoral, incluindo o que impedia um aumento do valor destinado às campanhas de prefeito e vereador no ano que vem a critério dos parlamentares. Agora, a quantia de dinheiro público será discutida a cada eleição. O governo quer limitar o gasto em R$ 2 bilhões, mas partidos atuam para dobrar o valor para R$ 4 bilhões.

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSERVADOR

Olavo de Carvalho é tido como guru do neoconservadorismo/Divulgação

O Primeiro Congresso Conservador – Liberdade e Democracia, que acontecerá nesta quinta-feira, 28, em Criciúma, e sexta-feira, 29, em Florianópolis, terá como principal atração palestras com Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos e envia, de lá, lições para o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. Carvalho é considerado o guru de Bolsonaro. 

 

Em Criciúma, o congresso acontecerá no auditório da Unesc, e, na Capital,  na UFSC. As palestras serão por videoconferência.

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