Caso aconteceu durante abordagem em barreira em frente ao 3.º BPM
Um policial militar foi vítima de injúria racial durante uma ocorrência em Canoinhas. O caso aconteceu durante uma operação de trânsito na rua Duque de Caxias, em frente ao 3.º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na noite de domingo, 8, quando o condutor de um Fiat Palio foi abordado por policiais.
Segundo a PM, o homem impedia a equipe policial de fiscalizar seu veículo e em tom alterado começou a desacatar os policiais com palavras de baixo calão. Ele não acatou a ordem dos policiais para que se afastasse do veículo para ser feito a busca veicular, resistiu a prisão, tentando agredir os policiais, sendo necessário contê-lo para que fosse realizado o procedimento.
No momento em que os policiais faziam a revista veicular a esposa do condutor tentou agredir com tapas um dos policiais, sendo imediatamente contida, momento também que a mulher chamou o policial de “negrinho”, se referindo a condição racial, sendo então dado voz de prisão a ela.
Os dois foram conduzidos a Delegacia de Polícia e segundo a PM, o condutor ainda tinha cheiro de álcool, estava alterado, tinha olhos vermelhos e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Dentro do veículo, foi encontrado um bastão, tipo cassetete, que por motivo de segurança, foi recolhido e entregue na Delegacia. Quanto ao veículo, foi recolhido ao pátio municipal por infrações de trânsito.
A mulher detida deve responder por injúria racial.
O QUE É INJÚRIA RACIAL
Injúria racial é o ato de ofender alguém com base em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. O Código Penal, em seu artigo 140, descreve o delito de injúria, que consiste na conduta de ofender a dignidade de alguém, e prevê como pena, a reclusão de 1 a 6 meses ou multa.