Em reunião nesta terça-feira, partido deliberou que não quer mais ele no partido
FORA
O vereador Célio Galeski foi convidado a se retirar do PL. Reunião na tarde de ontem deliberou pelo pedido de desfiliação do vereador. Ele deve receber um ofício hoje comunicando sobre seu afastamento. “O Partido Liberal de Canoinhas não tem interesse em mantê-lo em seu quadro de filiados”, diz o ofício. “Não é uma expulsão, é uma comunicação”, afirmou o presidente do partido, Cel Mario Erzinger.
Segundo Erzinger, Galeski já havia confidenciado a ele o desejo de migrar de partido, além do desejo de não concorrer a reeleição, tendo interesse, portanto, de buscar uma vaga na disputa pela majoritária.
Membros do partido disseram à coluna que o principal fator que levou ao pedido de desfiliação de Galeski foi a suposta votação de Galeski em Paulinho Basilio (MDB) na eleição para a presidência da Câmara. O PL apoiava a candidatura de Gil Baiano (PL). Se Galeski de fato votou em Paulinho, seu voto foi decisivo para sua eleição.
Galeski disse hoje de manhã que primeiro quer ver os argumentos da direção do partido e só depois deve se manifestar. Ele ainda não foi notificado da decisão do partido. “Para expulsão tem de ter argumentos sólidos, um processo legal, não pode ser sumário”, ponderou. “Não negociei nada com ninguém, não tem como afirmar que eu votei no Paulinho, o voto é secreto”, afirmou sobre o principal motivo para a emissão do ofício.
Erzinger pondera que Galeski não foi expulso do partido, ele será convidado a se retirar, eufemismo que muda pouca coisa na atual situação do vereador.
DESFILIADO

O secretário de Obras Nilson Cochalsk pediu desfiliação do PL. O pedido foi deferido na reunião de ontem do partido. Ele disse à coluna que deve ficar sem partido por enquanto.
REPOSIÇÃO
Os dez vereadores de Canoinhas se reuniram na manhã desta terça-feira, 21, em sessão extraordinária, para apreciação e votação de três projetos de lei de autoria do executivo municipal. O destaque foi o projeto de Lei nº 01/2020 que “Concede reposição salarial e adota outras providências”.
Vereador Paulinho Basílio (MDB) estreou na presidência da Casa, conduzindo a sua primeira sessão como presidente da casa legislativa.
O projeto 01/2020 tem como objetivo conceder reposição salarial de 4,48% aos servidores públicos municipais efetivos e comissionados. A lei ainda concede os mesmos benefícios de reposição e aumento para os agentes públicos do município de Canoinhas e para os servidores do quadro do Poder Legislativo ativos e inativos e pensionistas. Também estabelece o piso salarial do magistério para o exercício de 2020, no valor de R$ 2.888,24.
O projeto foi aprovado por unanimidade.
SAI DE PAUTA
Por entender que o projeto necessita de mais esclarecimentos, os vereadores retiraram de pauta o projeto de lei que autoriza o Município a ceder o prédio da Escola Aroldo Carneiro de Carvalho à Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu S.A. (Uniguaçu) para que a faculdade utilize a estrutura da escola à noite, mediante reformas que a Uniguaçu deve proceder no prédio.
O projeto é polêmico, até porque a UnC, que nasceu da genuinamente canoinhense Funploc, não foi consultada. Embora tenha uma estrutura bastante ampla em Marcílio Dias, não seria dispensável a ideia de usar uma estrutura bem mais próxima do centro como é o caso da escola Aroldo. Ademais, é óbvio que a presença da Uniguaçu em Canoinhas afeta ainda mais a situação da UnC.
Passos usa a mesma lógica do livre mercado que adota com os supermercados, apoiando a vinda para Canoinhas dos grupos Via Atacadista e Superpão, mas erra no diagnóstico. A UnC é, na sua gênese, pública, sua estrutura pertence ao Município estando, até 2039, sob cessão de uso para a Universidade do Contestado.
COMISSÕES
A Câmara de Canoinhas nomeou ontem, durante a sessão extraordinária, os membros das comissões para o último ano da atual gestão. Confira:
Comissão de Justiça e Redação:
Presidente: Camila Lima
Vice-Presidente: Zenici Dreher
Membro: Coronel Mário
Suplente: Telma Bley
Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização:
Presidente: Gil Baiano
Vice-Presidente: Paulo Glinski
Membro: Wilmar Sudoski
Suplente: Coronel Mário
Comissão de Desenvolvimento Municipal
Presidente: Telma Bley
Vice-Presidente: Zenici Dreher
Membro: Wilmar Sudoski
Suplente: Gil Baiano
ROMPIDOS
As divergências entre o governador Carlos Moisés da Silva e a vice Daniela Reinehr não são mais apenas ideológicas. O rompimento, agora, também ocorre na esfera administrativa. A informação é do colunista Ricardo Igor, da NSC.
Ontem aconteceu uma reunião com todo o secretariado marcando a volta de Moisés depois de alguns dias de férias, nos quais foi substituído por Daniela. Ele não convidou a vice.
“Daniela representa o bolsonarismo raiz e já teve confronto de ideias com o governador no primeiro ano de governo, principalmente quando Moisés apresentou o projeto de taxação progressiva dos agrotóxicos e, também, na questão de ideologia de gênero nas escolas”, escreve o colunista.
R$ 48 milhões
custou uma auditoria contratada pelo Governo para abrir a “caixa preta” do BNDES. Em oito páginas de um relatório a auditoria afirma não ter encontrada nada além do que já tenha sido mostrado
ALCATRAZ
A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina que coordena as investigações relacionadas à Operação Alcatraz ajuizou mais uma denúncia no começo desta semana, envolvendo 11 pessoas, pelos crimes de corrupção, peculato e fraude em licitações. Além de pedir a imposição de multa penal a todos os que forem condenados, o MPF solicita ainda à Justiça federal que os denunciados devolvam atualizados monetariamente os R$ 2.029.994,25 obtidos por meio das fraudes em duas licitações.
O pregão presencial fraudado deflagrado pela Secretaria de Administração de Santa Catarina tinha como objeto “registro de preços para futura e eventual aquisição de equipamentos, acessórios, licenças de softwares e switches de borda para expansão da rede de telefonia IP do governo do estado de Santa Catarina”. Nessa fraude a organização criminosa denunciada pelo MPF obteve ilicitamente R$ 1.854.181,50.
Na segunda licitação objeto da denúncia, o pregão eletrônico n.º 0052/2017, as investigações mostram fraude no valor de R$ 175.812,75. Em análise de licitações de equipamentos similares, as investigações da Polícia Federal constataram esse montante em fraude, somente em relação a compra de aparelho telefônico IP. Com relação aos outros equipamentos, de valores mais altos, o relatório policial informa que a análise técnica comparativa ficou prejudicada “em razão das dificuldades de se encontrar pregões eletrônicos ou outros editais com as especificações das centrais telefônicas iguais ou similares”
Entre as 11 pessoas denunciadas, a organização criminosa era composta por dois servidores públicos e outras pessoas ligadas à iniciativa privada.