11 de fevereiro de 2020
Folha de S.Paulo
Tempestade inunda e trava São Paulo
O temporal que atravessou a noite de domingo (9) e que continuou nesta segunda-feira (10) causou prejuízos que podem ultrapassar os R$ 140 milhões.
Lojas e shoppings fecharam porque funcionários não conseguiram ir trabalhar, empresários perderam estoques e comércios tiveram negócios reduzidos por falta de clientes.
Algumas agências bancárias permaneceram fechadas o dia todo. O movimento nos restaurantes caiu pela metade.
A FecomercioSP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) estima um prejuízo de R$ 110 milhões nas vendas do comércio varejistas na região metropolitana –0,4% do faturamento total de fevereiro.
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O Estado de S.Paulo
Temporal faz São Paulo viver dia de caos
A chuva mais volumosa registrada em 24 horas em São Paulo desde 1983 em um mês de fevereiro provocou enchentes, desabamentos, bloqueios de ruas e avenidas e prejuízos para os paulistanos. Entre a noite de domingo e a manhã de ontem, foram 114 milímetros de chuva, maior volume desde 2 de fevereiro de 1983 – quando chegou a 121,8 milímetros. Da meia-noite até 16h30, o Corpo de Bombeiros recebeu 7,6 mil chamados e as equipes se deslocaram para atender 932 ocorrências ligadas a enchentes, 166 desabamentos e 182 quedas de árvore. Os Rios Tietê e Pinheiros – que alcançou o maior nível em 15 anos – transbordaram, o que levou à interrupção do tráfego nas Marginais e ao fechamento da Linha 9 da CPTM, entre as Estações Osasco e Santo Amaro, com reflexos para o trânsito em todo o centro expandido da cidade. A Prefeitura, o governador do Estado, João Doria (PSDB) – que está fora do País –, e os bombeiros chegaram a pedir que as pessoas não saíssem de casa. Escolas públicas e particulares tiveram aulas suspensas. O caos afetou o giro da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que fechou o dia em queda de 1,05%. Ações de seguradoras fecharam com forte desvalorização. O dólar chegou a R$ 4,32. O comércio varejista de São Paulo e da região metropolitana calcula perda de R$ 110 milhões somente ontem. A Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) não informou estimativas de perdas. A Central de Abastecimento e Entrepostos do Estado de São Paulo (Ceagesp) ficou submersa e disse não ter como calcular os prejuízos. Áreas de instabilidade permanecem sobre o Estado e devem provocar mais chuva nos próximos dias na capital, mas em menor intensidade.
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O Globo
São Paulo para com chuva forte, ‘novo normal’ no país
Um forte temporal fez transbordar os rios Pinheiros e Tietê, provocando mais de 90 pontos de alagamento e levando o caos à maior cidade do país ontem. A concentração de altos índices de precipitação em poucas horas é o “novo normal”, segundo especialistas em clima e meteorologia, e vai exigir medidas de adaptação das cidades. A frequência de chuvas extremas quadruplicou desde os anos 60. A frente fria chegou ao Rio na tarde de ontem, causando estragos, e há risco de que se intensifique hoje.
A forte chuva que castigou São Paulo entre a madrugada e o fim da tarde de ontem — a mais intensa em um mês de fevereiro nos últimos 37 anos — mostrou que a cidade não estava preparada para resistir. Algumas das cenas de caos vistas em Belo Horizonte há menos de duas semanas e em vários episódios no Rio se repetiram na capital paulista. A previsão é de mais chuva nos próximos dias. Especialistas alertam que os temporais concentrados em curto espaço de tempo, sem que o volume total estimado para um mês se altere, têm sido uma característica das mudanças climáticas.
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