GREVE DOS CAMINHONEIROS: Somos todos motoristas

A  greve dos motoristas de caminhão, que vem sendo acompanhada com apreensão por todo o País desde o início da semana pode ser traduzida como o basta da classe que mais sofre com a política econômica equivocada do governo Dilma: o setor que produz. A alta dos combustíveis não afeta os mais ricos, que como empresários repassam o custo imediatamente ao consumidor, nem a classe mais pobre, que vive de Bolsa-Família e, via de regra, não tem automóvel. Sobra para o motorista de caminhão, o médico, o advogado, o professor, o auxiliar de linha de produção que, com muito sacrifício compra seu carro e agora não pode tirar da garagem por causa do alto custo da gasolina. É essa classe, que move o Brasil, que está pagando a conta. Se você se identifica com quem trabalha para não só crescer na vida, mas também para ver um Brasil melhor, você está representado por estes grevistas. Como diria a célebre frase replicado mundo afora quando do atentado à revista francesa Charlie Hebdo, cabe a nós, invocarmos neste momento, a identidade dessa que é só uma das tantas classes afetadas pela atual crise.

   Bem por isso, os agricultores, maiores prejudicados com as paralisações das estradas, apoiam o movimento. A agricultura sustenta o Brasil. Sem assistência e vendo o dinheiro público escorrer pelo ralo da corrupção, ninguém mais aguenta. A sensação que a maioria tem é de que o aumento de preços serve para pagar a conta dos corruptos. O pensamento é simplista, mas não desprovido de coerência.

    Se a resposta do governo não vir de forma clara e satisfatória, prepare-se. Sem investir em ferrovias, o Brasil deu aos caminhoneiros um enorme poder, cujo alcance se viu nesta semana. E isso, ao que parece, é só o começo.

 

Ação e reação

Crise na educação, empresariado arredio, movimentos da oposição e críticas severas dos vereadores e da imprensa fizeram Beto Faria (PMDB) reagir. Na sexta-feira, 20, logo depois que o Correio do Norte e o JMais revelaram a insatisfação da Máster com o Executivo na negociação para a instalação de um frigorífico em Canoinhas, Faria convocou seu secretariado e foi incisivo na cobrança por resultados. Um dos setores mais cobrados foi o de imprensa. Imediatamente, os assessores saíram em defesa do governo e dispararam nota na qual dão a versão do Executivo para a negociação.

   O prefeito enfatizou aos secretários a importância de se ter um serviço de excelência para a comunidade, com critérios rígidos para investir o dinheiro público. Faria ainda frisou ser necessário cobrar eficácia das empresas que prestam serviços à prefeitura sob pena de serem notificadas e multadas se não prestarem o serviço a contento.

 

coluna Prefeito de Irineópolis, Juliano Pereira (PSDB), esteve em Brusque nesta semana em busca de investimentos para a cidade. Ele e seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Sidnei Wagner, se reuniram com o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba, Marcus Shlösser (foto). Pereira esteve ainda em Itajaí e Indaial. A intenção é incentivar a instalação de empresas de facções de costura industrial visando ampliar a oferta de empregos no município.

 

 

 

 

Pelos hospitais filantrópicos

Assegurar aos hospitais filantrópicos catarinenses recursos financeiros devolvidos de forma espontânea pelos poderes Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público ao Executivo é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 01/2015), apresentada pelo deputado Antônio Aguiar, lida no expediente da sessão desta quarta-feira (25), após subscrita por 15 parlamentares. O líder do PMDB formatou a ideia levando em conta o mote de campanha à reeleição do governador Raimundo Colombo, “Saúde em Primeiro Lugar”.

Ainda a educação

Da fala do secretário Hamilton Wendt (Educação) na terça, 24, conclui-se que ele tem razão ao dizer que não tem de onde tirar o dinheiro para mexer no Plano de Cargos e Salários do magistério. Por outro lado, os professores têm razão em protestar contra o arrocho salarial. E agora, quem resolve a pendenga?

 

 RÁPIDAS

MANIFESTO: As associações de municípios do Planalto Norte emitiram nota na qual afirmam serem a favor da unificação das eleições no Brasil.

IRINEÓPOLIS: Sidnei Wagner, que havia sido exonerado do cargo de secretário de Administração, foi readmitido como secretário de Desenvolvimento Econômico.

 UM PÉ LÁ: Beto Passos (PT) se fecha em copas quando questionado sobre sua ida para o PSD. Dá a entender que vai aceitar o convite, mas não quer melindrar seu padrinho político, Décio Lima (PT).

OUTRO CÁ: O irmão de Beto, Márcio Passos, é assessor de Lima para o Planalto Norte.

PRAXE: Sem convidar a imprensa, a Amplanorte fez assembleia nesta semana em Canoinhas.

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