Incerteza sobre duração da crise gera temor sobre calendário do pleito de 2020
CORONAVÍRUS
O jornal Folha de S.Paulo de ontem trouxe reportagem sobre movimentos que já acontecem na Câmara dos Deputados para adiar as eleições municipais marcadas para 4 de outubro. O motivo é o avanço assustador do coronavírus. Ontem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o País só vai estabilizar em setembro, um mês antes das eleições.
As campanhas estão autorizadas a partir de 16 de agosto, quando o Brasil estará tentando voltar ao normal na expectativa do ministro.
Na terça-feira, 17, alguns dirigentes partidários, entre eles o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), debateram a necessidade de achar uma saída jurídica para o caso de a crise se estender até o início das campanhas.
De acordo com o dirigente, se até julho vigorar ainda a restrição para realização de eventos, as convenções partidárias estariam inviabilizadas. Pela lei eleitoral, o prazo para escolha dos candidatos é de 20 de julho até 5 de agosto.
Uma das recomendações do ministério é evitar contato e aglomerações. Isso afetaria também um dos mais tradicionais recursos políticos, o corpo a corpo com eleitores.
IRRESPONSABILIDADE
O Município de Três Barras estuda uma forma de impedir o livre trânsito entre São Mateus do Sul e a cidade. Isso porque o prefeito Luis Shimoguiri tem tomado medidas drásticas desde a semana passada, incluindo a paralisação de obras da WestRock, responsável por boa parte do PIB do Município. Já em São Mateus do Sul o comércio foi fechado somente neste sábado, 21, e vários servidores públicos seguem trabalhando normalmente no que é visível prova do descaso do prefeito Luiz Adyr.
CELESC
Além da Casan, a Celesc também suspendeu os pagamentos das faturas de março e abril para famílias de baixa renda. Segundo o governador Carlos Moisés (PSL), 36 mil famílias estão sendo beneficiadas. Passados dois meses, elas poderão parcelar os valores em 12 vezes.
“Importante salientar à nossa tropa que vamos para as ruas pela sociedade e não contra ela, cortesia e paciência infinita para explicar, serão ferramentas em nossa empreitada”
Coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar de SC
COBERTURA
Santa Catarina tem a segunda melhor cobertura médica do País no enfrentamento ao coronavírus. Perde somente para o vizinho Rio Grande do Sul. A média é de 2,23 médicos para cada mil habitantes. Na questão dos leitos hospitalares são 2,13 para cada mil habitantes.
NARCISISTA
Além dos péssimos exemplos que tem dado o presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus, ao analisar seu comportamento nas redes sociais se percebe que, para ele, o que mais importa é sua imagem política. No twitter, o presidente é o penúltimo colocado entre os líderes mundiais no número de postagens alertando sobre o vírus. Já atacando seus adversários políticos lidera com folga.
POR OUTRO LADO
O governador Carlos Moisés (PSL) tem dado exemplo de serenidade e equilíbrio. Em um primeiro momento pareceu exagero fechar o comércio. A escalada de avanço do coronavírus nos dias seguintes, no entanto, provaram que as medidas fazem total sentido.
GRAVIDADE
Como em toda a situação apreensiva que envolve a massa muita gente tem postado nas redes sociais que o governo está escondendo a gravidade da situação do coronavírus. Nada fez tão pouco sentido como essa afirmação neste momento. As autoridades, desde o prefeito Beto Passos até o ministro da Saúde têm sido enfáticas em reafirmar a gravidade da situação. Quem não ficar em casa ou não se cuidar vai contrair o vírus, independente de onde estiver. Isso é fato. Quem está negando a realidade, neste caso, é parte da população.
GRAVIDADE 2
Para se ter uma ideia da situação, em muitos municípios, inclusive catarinenses, o que se discute neste momento é como enterrar os mortos pelo vírus, que se mantêm no corpo mesmo depois da morte.
Na Itália os corpos estão sendo recolhidos por pessoas vestidas com roupas especiais e em caixões de zinco. Eles estão sendo levados para necrotério autorizado para a realização de autópsias de mortos pelo novo coronavírus.