1º de abril de 2020
Folha de S.Paulo
Bolsonaro muda o tom, fala em pacto e desafio de geração
Em seu quarto pronunciamento sobre a crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom de seu discurso e pediu um pacto nacional para o enfrentamento à pandemia.
Depois de criticar em sua última aparição em TV gestores locais pelas medidas de isolamento social, além de culpar a mídia por espalhar pânico na população, ele pregou nesta terça-feira (31) a junção de esforços.
“Agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade”, declarou.
Se em outras ocasiões comparou a doença a uma gripezinha e a um resfriadinho, Bolsonaro desta vez disse que o país enfrenta um grande inimigo. “Estamos diante do maior desafio da nossa geração. Minha preocupação sempre foi salvar vidas.”
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O Estado de S.Paulo
Metade dos brasileiros já vive em cidades com coronavírus
Pelo menos metade da população brasileira vive em cidades que já registraram casos confirmados de coronavírus. O total de municípios com infecções reportadas cresceu dez vezes nos últimos 15 dias e já chega a 362. Embora esse número represente apenas 6,5% do total de cidades do País, o surto atinge parcela expressiva da população por estar concentrado nas áreas mais populosas do Brasil.
Os dados são resultado de levantamento feito pelo Estado com base em estatísticas compiladas pela plataforma colaborativa Brasil.io, que considera boletins divulgados diariamente pelas 27 Secretarias Estaduais da Saúde. As informações por município não são divulgadas pelo Ministério da Saúde, apenas pelos governos estaduais.
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O Globo
Casos no país têm alta recorde, e Bolsonaro, isolado, modera o tom
No dia em que o país registrou o maior número de casos (1.138) e de mortes (42) por Covid-19, os ministros Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro( Justiça) e Braga Net to( Casa Civil) acompanharam Luiz Henrique Mandetta (Saúde) na entrevista no Planalto e apoiaram o isolamento de quem pode ficar em casa para conter o coronavírus. Mandetta disse que isso permitiu ao Brasil não entrar na “espiral absoluta” de casos. Após omitir trecho de fala do diretor-geral da OMS para defendera volta ao trabalho e serdes mentido pela entidade, Bolsonaro baixou o tom em pronunciamento à noite na TV. Houve forte panelaço. O presidente desagradou a ministros ao dar sala perto de seu gabinete para o filho Carlos. Com suas atitudes, Bolsonaro isolou-se entre líderes mundiais.
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