2 de abril de 2020
Folha de S.Paulo
Estados e municípios relatam subnotificação de cooronavírus
Equipes de atenção básica em várias cidades e estados do Brasil afirmam que a subnotificação ao Ministério da Saúde de casos suspeitos de infecção pela Covid-19 tem sido gigantesca.
Isso vem ocorrendo mesmo depois de o ministro Luiz Henrique Mandetta ter solicitado, em 20 de março, que todos os casos suspeitos, independentemente da gravidade, fossem notificados por estados e municípios.
Nesse cenário, em que o avanço da epidemia pode ser muito maior do que se tem registro, muitos hospitais do país esperam que dentro poucas semanas comecem a faltar vagas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
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O Estado de S.Paulo
Governo libera redução de jornada de trabalho e salário
O governo estima que 24,5 milhões dos 33,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada serão incluídos no Programa Emergencial de Manutenção de Emprego. Eles terão jornada e salário reduzidos, ou contratos suspensos, mas receberão uma compensação do governo que pode chegar a 100% do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de demissão.
Sem o programa, o governo calcula que 12 milhões de trabalhadores poderiam ser demitidos. Com as medidas anunciadas, 8,5 milhões de postos devem ser preservados. Outros 3,2 milhões serão inevitavelmente fechados, nas projeções oficiais – e aí os trabalhadores recebem seguro-desemprego e multa de 40% sobre o saldo do FGTS normalmente.
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O Globo
Mandetta: com equipamentos em falta, é preciso reforçar isolamento
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse ontem que “não é hora de fraquejar, de relaxar” no controle da epidemia. O ministro afirmou que, sem o isolamento de quem pode ficar em casa, poderia haver explosão do número de casos, o que levaria à falta de equipamentos de proteção para o pessoal da saúde e de respiradores para os doentes. Segundo ele, o problema tende a se agravar se houver “movimentos bruscos” de população, e é hora de reforçar o isolamento. Mandetta afirmou que os EUA fizeram uma compra em massa da China, o que prejudicou a aquisição de materiais, inclusive respiradores, que o Brasil havia contratado naquele país. “Os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros para a China”, alertou. O presidente Jair Bolsonaro ligou para Donald Trump em busca de auxílio para a parte logística. “O Brasil está parando, teve que parar”, disse Trump.
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