Escândalo envolvendo universidade de União da Vitória respinga em Canoinhas

Prefeito Beto Passos e vereadores cederam escola pública para Universidade criar unidade em Canoinhas

 

 

RESPINGOS

Repercutiu na região neste final de semana a divulgação de um documento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirmando que o pró-reitor acadêmico da Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu (Uniguaçu) de União da Vitória, Atilio Augustinho Matozzo, foi aluno do Programa de Pós-Graduação da UFPR entre 2008 e 2010, tendo completado os créditos em disciplinas referentes ao Mestrado em 2009 e
realizado exame de qualificação ainda em 2009. “Contudo, ele nunca chegou a defender sua dissertação e acabou sendo descredenciado do programa por decisão administrativa.” A despeito deste fato, Atílio se apresentava como doutor.

 

 

 

A UFPR afirma também que o professor não teria reingressado no programa após seu desligamento, nem para a conclusão de seu mestrado, muito menos para o início de um eventual doutorado.

 

 

 

O professor disse ao portal VVale, que “sou um profissional reconhecido pelo meu trabalho por todos os lugares por onde passei. Referente ao ocorrido as acusações são descabidas nunca houve falsificação. As respostas e comprovações serão dadas no momento certo. Agora reforço, que o meu papel de educador foi cumprindo”.

 

 

 

A Uniguaçu emitiu nota afirmando que soube das denúncias pelas redes sociais e que seu setor jurídico está apurando a veracidade dos documentos apresentados pelo professor Atílio Matozzo no momento de sua contratação.

 

 

 

A Uniguaçu enfatiza que instaurou processos civis, criminais e administrativos e se posiciona como vítima de fraude acadêmica pelo ocorrido.

 

 

 

Na esteira da polêmica, a Associação Atlética de Direito da Uniguaçu divulgou uma nota em sua conta em rede social. Segundo o texto, as formas adotadas pela instituição para o cumprimento das aulas do curso de direito no período de pandemia prejudica a formação dos acadêmicos.

 

 

 

A união de turmas, diminuição da carga horária e período de aulas são apontados como principais fatores da insatisfação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESPINGOS 2

O escândalo respinga em Canoinhas, afinal, mesmo tendo uma universidade que nasceu de uma iniciativa do poder público, a UnC no caso, o prefeito Beto Passos (PSD) e os vereadores aprovaram a cessão de uso de um prédio público, a escola Aroldo Carneiro de Carvalho, para a Uniguaçu. A justificativa seria os alunos de Canoinhas que se deslocam para União da Vitória a fim de estudar na Uniguaçu.

 

 

 

O processo de cessão foi eivado de situações extraordinárias. Mesmo antes da aprovação pela Câmara de Vereadores a Uniguaçu já havia registrado o CNPJ da unidade de Canoinhas no endereço da escola. Ao contrário de todos os demais processos de cessão de uso, o Município não abriu processo licitatório, deixando claro no projeto de lei que a Uniguaçu seria a única privilegiada. Como moeda de troca, a Uniguaçu terá de consertar o telhado da escola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COINCIDÊNCIA…

Ou não, o prefeito Beto Passos (PSD) mandou na semana passada à Câmara de Vereadores o comunicado de que sancionou a cessão de uso à Uniguaçu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXEMPLO

A Weg, de Jaraguá do Sul, foi destaque na capa do Estadão de ontem mostrando o rigor das regras de trabalho a seus funcionários no combate ao coronavírus. A empresa é uma gigante com filiais na Europa e China e copia protocolos destes países, mais severos que os brasileiros.

 

 

 

 

 

 

 

RESISTÊNCIA

Se já há maioria na Câmara dos Deputados para aprovar projeto que destine os recursos do fundo eleitoral para o combate ao coronavírus, o mesmo não ocorre quando o tema é adiar as eleições municipais de outubro. Apesar de os temas estarem relacionados, os parlamentares são mais resistentes a apoiar uma mudança constitucional que possa, eventualmente, prorrogar mandatos, segundo enquete feita pelo jornal O Estado de S.Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

264

deputados federais são a favor de destinar R$ 2 bilhões do fundo partidário para combate à pandemia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DESCRENTES

O Brasil é um dos países com maior descrença no isolamento social como estratégia de enfrentamento do novo coronavírus. Entre uma lista de 15 nações, o país é o segundo com população mais descrente na eficácia do distanciamento social.

 

 

O dado foi divulgado na semana passada pelo instituto Ipsos, que fez entrevistas online com 28 mil pessoas. A Índia lidera o percentual de descrença, em que 56% das pessoas afirmaram não considerar o distanciamento eficaz. Brasil empata em segundo lugar com Alemanha, com 54% da população descrente. México (50%), Japão e Rússia (49% cada) aparecem em seguida.

 

 

 

 

De acordo com a Folha de S.Paulo, os espanhóis foram os que mais disseram confiar no confinamento – apenas 34% dos entrevistados responderam o contrário. Os australianos (35%) vêm em seguida, e empatam em terceiro lugar canadenses, italianos e chineses (36% cada).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Voltar para o voto impresso a esta altura, como querem alguns, é mais ou menos como cancelar a assinatura da Netflix e comprar um videocassete”

do ministro Luis Roberto Barroso em entrevista à Veja

 

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