Saúde registra boletim de ocorrência sobre vazamento de exame

Paciente que testou positivo para covid-19 teve exame compartilhado no WhatsApp

 

 

 

 

A Secretaria de Saúde de Três Barras registrou um boletim de ocorrência (BO) na Delegacia de Três Barras para que a Polícia Civil investigue o compartilhamento de uma foto do resultado do exame do rapaz de 29 anos positivado para covid-19. Antes mesmo de o prefeito de Canoinhas confirmar o caso em uma live nas redes sociais, a foto do exame expondo nome e número de documento do rapaz já era compartilhado por várias pessoas no WhatsApp.

 

 

 

 

Na manhã desta quarta-feira, 29, a secretária de Saúde de Três Barras, Raquel Cunher Vieira, disse que este é um dado técnico recebido inicialmente pela equipe da Saúde de Três Barras, mas que foi compartilhado com alguns técnicos de Canoinhas. “Temos de detectar onde aconteceu este vazamento que levou à exposição do rapaz indevidamente. Poderia ter ocorrido com qualquer cidadão de Canoinhas ou Três Barras”.

 

 

 

 

Ela respondeu a um comentário do prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), que na live desta terça afirmou que o exame não havia passado pelas mãos da equipe da Saúde de Canoinhas. “Este documento não saiu da prefeitura de Canoinhas, portanto nos eximimos desta responsabilidade”, disse o prefeito na noite desta terça-feira, 28.

 

 

 

 

A secretária de Saúde de Canoinhas, Katia Oliskovicz, disse acreditar que “pode ter sido tirado uma foto (por algum profissional de Saúde de Três Barras) que acabou vazando para algum grupo de WhatsApp. Se não soma como conhecimento, troque essa informação por uma prece para passarmos por essa situação”, apelou  quem está compartilhando a foto.

 

 

 

“Não estou dizendo que foram eles (técnicos de Canoinhas), mas vamos apurar os fatos”, afirmou Raquel.

 

 

 

Segundo o Código Penal, a violação do segredo profissional é caracterizada quando as informações sigilosas obtidas em razão da profissão são reveladas, sem justa causa, podendo a revelação produzir dano a outrem. Nestes casos, a pena é de detenção, de três meses a um ano, ou multa.

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