27 de maio de 2020
Folha de S.Paulo
PF mira Witzel, que aponta interferência de Bolsonaro
A Polícia Federal fez nesta terça-feira (26) buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial em que mora o governador Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro. A Polícia Federal apreendeu o aparelho de celular e o computador do governador.
A operação, autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus no estado.
O inquérito no STJ foi aberto no último dia 13, com base em informações de autoridades de investigação do estado do Rio. Os mandados em cumprimento nesta quarta-feira foram solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na semana passada.
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O Estado de S.Paulo
Governador do Rio é alvo de operação da PF sobre desvios
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), foi alvo ontem de operação da PF sobre supostos desvios de recursos da Saúde. Com autorização do STJ, a PF entrou no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e apreendeu três celulares e três computadores. O escritório de Helena Witzel, mulher do governador, também sofreu buscas. O Ministério Público Federal vê “vínculo suspeito” entre o escritório da advogada e empresa investigada. O governador negou ter cometido irregularidades e atribuiu a operação a perseguição por parte de Jair Bolsonaro. Ao ser questionado sobre o caso, o presidente sorriu, deu “parabéns” à PF e negou ter interferido na investigação. Na segunda-feira, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) havia dito em entrevista que a PF estava prestes a deflagrar operações para investigar atos de governadores na pandemia. Ela negou que tivesse recebido informações.
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O Globo
Witzel é alvo da PF em apuração de fraude no combate à covid-19
Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, que tiveram entre os alvos o Palácio Guanabara e o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador. O Ministério Público Federal vê indícios de “participação ativa” de Wilson Witzel na contratação de empresas suspeitas de fraudar contratos na Saúde, em inquérito que apura se houve desvio de recursos na construção de hospitais de campanha e na compra de respiradores durante a pandemia da Covid-19. Witzel teve celulares e computadores apreendidos. O governo do Rio empenhou cerca de R$ 1 bilhão em contratos emergenciais. A investigação destaca um contrato entre o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel e a DPAD Serviços Diagnósticos, cujo sócio é apontado como operador do empresário Mário Peixoto, preso há duas semanas. Witzel negou irregularidade e disse que a interferência do presidente Bolsonaro na PF está “oficializada”. Ele afirmou que políticos ligados ao Planalto já sabiam da operação. Na véspera, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) havia antecipado que governadores seriam alvo da PF.
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