Em defesa de Jacob vale pela trajetória, não pelo final

Minissérie consegue criar atmosfera pesada que aumenta o suspense e instiga curiosidade

 

 

SERÁ QUE ELE É?

Andy (Chris Evans, o Capitão América) e Laurie Barber (Michelle Dockery, de Downton Abbey) são o perfeito casal de propaganda de margarina. Lindos, perfeitos, eles têm uma bela casa, ele é promotor de Justiça, ela ministra aulas para se distrair e conceberam um belo menino estudioso e inteligente. Fazem programas juntos, assistem TV e jogam no tabuleiro antes de dormir. Jacob (Jaeden Martell, de IT, a Coisa) parece, a princípio, ser o filho que todo pai quer. Essa vida perfeita muda repentinamente quando um colega de sala de Jacob é encontrado morto em um parque, justamente no caminho que Jacob faz para ir até a escola.

 

 

 

Uma postagem em uma rede social derruba todos os pilares da família Barber. O colega acusa Jacob de ser o assassino que a cidade toda busca. De condenação as redes sociais entendem e não leva nem um minuto para a comunidade local querer a família morta e enterrada.

 

 

 

Dali para a abertura de um inquérito policial é um estalo. De um dia para o outro, Andy se vê afastado do trabalho e lutando para provar a inocência do filho. Mas será que Jacob é mesmo inocente?

 

 

 

Ele garante, mas há algo de errado no comportamento do adolescente. Por vezes, fica claro que ele manipula os pais com sua carinha de anjo. Em outros, ele parece a mais inocente das vítimas. O caso vai à júri e aí começa aquela tradicional batalha de argumentos.

 

 

 

O roteiro parece batido, mas como toda obra baseada em livros (com raras exceções), tem suas particularidades. São elas que vão te prender e te viciar, e você não vai sossegar até o último capítulo. Essa trajetória vale a pena, mas acho que o final deixou a desejar. Assista e veja se concorda. Os oito capítulos de Em Defesa de Jacob foram disponibilizados um por semana, mas já estão todos disponíveis na Apple TV.

 

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