Morador abordado contesta versão da Polícia Militar de Canoinhas

Ele diz que houve abuso de poder; PM nega

 

 

Alvo de uma abordagem da Polícia Militar (PM) na sexta-feira, 31, um morador da rua Adão Tiska, bairro Industrial I, em Canoinhas, contestou a versão apresentada pela Polícia em release encaminhado à imprensa. Segundo a PM, no local, o solicitante relatou que seus vizinhos estavam com som alto e, de fato, foi possível ouvir som alto e algazarra.

 

 

 

Ainda de acordo com a PM, a casa, que fica nos fundos de uma igreja de difícil acesso, foi possível visualizar cinco adultos e duas crianças, todos sem máscara de proteção individual e sem manter distanciamento seguro, música alta tocando em um televisor e um forte odor do que parecia ser maconha. “O responsável pelo local estava alterado, por muitas vezes debochando do procedimento policial”, complementa a PM.

 

 

 

 

O dono da casa entrou em contato com o JMais e, pedindo para não ser identificado, disse que houve abuso de autoridade e que vai entrar com ação contra os policiais que trabalharam na ocorrência.

 

 

 

Ele nega que tivesse drogas em casa. “A única coisa é que trabalho com reparação automotiva, pinturas e lanternagem, polimento e mecânica e como tem vários carros aqui pra arrumar os policiais acreditaram que era uma festa. Chegando aqui viram que não era nada. Só estava defendendo minha honra, meu filho estava dormindo e havia outra criança do meu amigo que trabalha comigo dormindo no outro quarto com a mãe, e eles entraram com tudo. Diante dos fatos, foi considerado aglomeração de cinco pessoas que na verdade convivem nessa residência”, explicou o homem que negou ainda que tivesse debochado dos policiais.

 

 

 

 

CONTRAPONTO

Em nota encaminhada ao JMais, a PM informa que a ocorrência repassada para a imprensa está de acordo com os fatos narrados no boletim de ocorrência.

 

 

“No entanto, a Policia Militar dispõe de uma corregedoria para apuração e correção de atitudes de nossos policiais, portanto, neste caso é importante que a denúncia seja feita para que possamos esclarecer se houve falha no atendimento e possamos, acima de tudo, corrigir posturas caso seja necessário. O policial militar possui fé publica e a Instituição não coaduna com denúncias de forma anônima”, diz a nota assinada pelo tenente coronel Silvano Sasinski, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar.

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