Ao invés de explicar inação, vereadores de Major Vieira partem para o ataque

Câmara se recusa a discutir operação que teve como alvo o Executivo

 

 

 

DESVIANDO 

Vereador de Major Vieira, Diogo Sudoski, disse na sessão de segunda-feira, 9, que o JMais levou “informações de modo errado à população”. “Falaram que nós vamos julgar as contas do prefeito de 2018, sendo que as contas de 2018 nem estão aqui nesta casa. Na verdade as contas que estão aqui para julgar são as do mandato passado do prefeito, de 2016. Saem essas notícias e as pessoas começam a passar, e não buscam a verdade, acredito que se você vai passar as coisas para frente você tem de ter mais apreço sobre o que está fazendo”, afirmou em crítica à publicação que, de fato apontou a questão das contas de 2018, contudo, o que certamente desagradou o vereador não foi o erro com relação ao ano  – os vereadores terão de apreciar as contas de 2018 que só não chegaram à Casa porque o prefeito Orildo Severgnini pediu reapreciação ao Tribunal de Contas -, mas sim, foi o título da coluna que apontou a falta de qualquer comentário sobre a operação Et Pater Filium na sessão da semana passada.

 

 

 

Em momento algum o vereador comentou o objetivo maior da coluna que era apontar o silêncio dele e dos colegas em relação à operação que atingiu a prefeitura. Optou, lamentavelmente, por atacar o site. O fato de a esposa de Diogo, Maria Isabel Richer, ser secretária municipal de assistência social certamente nada tem a ver com esse comportamento. Severgnini possui maioria na Câmara.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na mesma toada, o presidente da Câmara, Augusto Carvalho (MDB), se queixou de áudios apócrifos que circulam em grupos de WhatsApp. “Nos chamam de covardes, mas acho covarde quem manda áudio sem citar o nome. Tem ex-vereador que fala um monte de bobagens, que não tem vereador, que somos uns cagão. Ele tinha de responder por isso. Aqui tem nove vereadores e todos estão dedicados a trabalhar pelo município. Já aprovamos e rejeitamos projetos. Não estamos nas mãos de ninguém, votamos pelo que é melhor para o Município, aqui ninguém vota sob pressão”, afirmou Carvalho.

 

 

 

 

 

Ele disse que somente neste ano, a Câmara devolveu R$ 260 mil e deve devolver o mesmo valor até o final do ano para a prefeitura “tocar obras”, insinuando que legislaturas anteriores não teriam tomado a mesma atitude, novamente em referência ao tal ex-vereador que teria disseminado áudios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CPI

No plenário ninguém comentou o pedido de abertura de CPI para apurar o que o Ministério Público já vem investigando em relação ao Executivo. O pedido teve apenas duas assinaturas: de Marcio Veiga e Vilma Kiem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TURISTAS

A Câmara de Major Vieira ainda deve explicações sobre as constantes viagens. Em 2018 eles quebraram o recorde regional (5,4 vezes mais em diárias que Canoinhas) e no ano passado só perderam para Três Barras. Mesmo assim, gastaram três vezes mais que Canoinhas. O recordista foi o atual presidente da Casa.

GASTOS EM 2019 COM DIÁRIAS
Vereador  Gasto
Augustinho dos Santos R$ 12.600
Vilma Mueller Kiem R$ 12.170
Antonio de Almeida R$ 6.920
Agostinho Barrankievicz R$ 11.350
Servidores R$ 860
Juraci Allievi R$ 6.450
Diogo Sudoski R$ 1.720
Marcio Veiga R$ 2.750
Vicente Paulitzki R$ 600
TOTAL R$ 55.420

 

 

 

 

 

 

 

 

DIGA QUE FICO

Depois de se reunir ontem com presidentes de Associações de Municípios de Santa Catarina, o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Orildo Severgnini (MDB), prefeito de Major Vieira, disse que segue no cargo a despeito das tentativas de destituí-lo.

 

 

 

“São quatro pessoas que começaram as tratativas de enfraquecimento do presidente depois de eu não concordar com a demissão do diretor executivo Rui Braum e com exigências de que os atos do presidente têm de passar pela discussão do Conselho Executivo. Com a não concordância do presidente os ataques se tornaram rotineiros, porque o presidente tem uma agenda cheia com a pandemia, novo Fundeb, reforma tributária, reforma política, enfim, todas as ações e tratativas de interesse dos municípios em todos os segmentos”, disse Severgnini à coluna.

 

 

 

 

Severgnini afirma que o Conselho se sente excluído, mas lamenta que quem procura a entidade se dirija somente ao presidente da Fecam para tratar das mais variadas questões.

 

 

 

 

“Após as investigações do Ministério Público em Major Vieira, os ataques por parte dos Conselho Executivo tem sido muito ferozes. Acontecem ataques a jornalistas que prestam serviço à Federação, a funcionários que atendem o presidente, mas continuamos trabalhando com muita força em favor dos interesses dos municípios catarinenses, em especial com atenção à covid-19, medicamentos, leitos e tudo aquilo que é necessário para vencermos a pandemia. Trabalho não falta”, segue Severgnini.

 

 

 

 

 

 

 

CEI

Ederson Mota morreu no sábado, dia 1º/Arquivo da família

O vereador Wilmar Sudoski sugeriu que próximo Centro de Educação Infantil a ser construído na área central do Município seja nominado Ederson Luis Matos Mota, homenagem ao professor referência em Língua Portuguesa falecido há duas semanas.

 

 

 

 

 

É LEI

A própria Câmara aprovou projeto de lei que proíbe que obras sejam nominadas ou inauguradas antes da completa conclusão.

 

 

 

 

 

 

 

 

CADÊ O CASCALHO?

Vereador Chico Mineiro (PL) questionou publicamente o ex-secretário de Obras, Nilson Cochask, sobre o destino de uma carga de cascalho que ele viabilizou para o Salto d’ Água Verde. “Eu trabalhei, eu lutei por aquela carga e agora não sabemos nem onde está”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Nós temos de honrar nosso fio de bigode”

Do vereador Chico Mineiro mostrando documentos por meio dos quais a Secretaria de Obras se comprometia a destinar a carga de cascalho para o Salto d’Água Verde

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESSUSCITOU

Em 2016, ano eleitoral, Beto Faria (MDB) apresentou como inovadora uma solução paliativa que de novidade não tinha nada: o antipó. Trata-se de uma camada fina de asfalto que passa longe da solução, mas reduz, de fato, o pó nas estradas de chão batido.

 

 

 

O antipó caiu no esquecimento no governo Beto Passos para ser ressuscitado, vejam só, em 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

ENTREGA

Ex-deputado estadual Antonio Aguiar participou ontem da entrega de três vans cedidas pelo Município de Bela Vista do Toldo para a Associação dos Pais e Amigos do Excepcional (Apae) e outras duas para a Saúde proceder o transporte de pacientes. “Fruto de recursos que conseguimos do governo do Estado através do ex-deputado Aguiar e deputado Rodrigo Minoto”, conta o prefeito Adelmo Alberti (PSL).

 

 

 

 

 

 

 

ÚLTIMOS DIAS

Os prefeitos têm até sábado, 15, para participar de eventos e atos públicos como inaugurações e entregas de melhorias. Embora não haja uma determinação clara na lei, na dúvida, nenhum deles deve participar de videoconferências ou lives. Beto Passos, por sinal, tem usado ainda mais intensamente as redes sociais, uma prática que marcou seu governo como um todo.

 

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