Operação do MPSC e Polícia Civil em Major Vieira prende prefeito e filho

Na manhã desta quinta-feira, 13, o Ministério Público de Santa Catarina (MSC) e a Polícia Civil de Canoinhas deram início à segunda fase na operação Et Pater Filium. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, todos requeridos pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC e expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em razão do foro por prerrogativa de função do principal investigado.

As diligências envolveram a participação de trinta policiais, civis e militares, integrantes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e foram realizadas nas cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo.

Esta segunda etapa da operação, deflagrada apenas 12 dias depois da primeira, investiga crimes de organização criminosa voltada para a prática de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

As apurações decorrem da atuação conjunta da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, por intermédio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e Gaeco, com a Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas.

Para possibilitar a efetividade das medidas de investigação, esta fase do processo tramita, por ora, em segredo de justiça. O JMais apurou, no entanto, que houve cumprimento de mandados nas casas do prefeito Orildo Severgnini (MDB), do seu filho Marcus Vinicius Severgnini e do irmão de Orildo, Dercilio Severgnini. Também houve buscas em uma chácara de Orildo. Populares relatam terem visto Marcus Vinicius sendo colocado dentro da viatura da Polícia Civil. Segundo funcionários da prefeitura, o prefeito Orildo também foi preso.

A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro.