Agência, no entanto, abre às 10 horas desta quinta-feira, 20
Em Canoinhas, 11 dos 27 funcionários, entre carteiros e pessoal de atendimento, paralisaram nesta quarta-feira, 19, quando a agência dos Correios permaneceu fechada, assim como na terça-feira, 18, fechada por causa de uma desinfecção visando prevenir contra a covid-19. Eles aderiram à greve nacional. A informação é de pelo menos um dos servidores que o JMais contatou que segue trabalhando. Ele afirmou, inclusive, que a agência de Canoinhas abrirá às 10 horas desta quinta. Já o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC) fala em 100% de adesão. “Canoinhas adesão total à greve dos trabalhadores dos correios no segundo dia de greve”, publicou o Sindicato na sua página no Facebook.
Os funcionários reclamam do não cumprimento por parte da empresa estatal de um acordo bianual homologado na Justiça. Os Correios recorreram, mas antes da decisão decidiram unilateralmente não pagar o acordo coletivo. Essa é a revolta dos funcionários.
Aqueles que não aderiram à greve em Canoinhas devem trabalhar em mutirão no fim de semana para manter as entregas em dia. O atendimento presencial não está garantido, mas os Correios estudam abrir em determinados horários.
O QUE PEDEM OS GREVISTAS
Além de ser contra a privatização dos Correios, a greve quer discutir benefícios como o auxílio-alimentação e o desconto relativo a este pagamento. Mudanças que a empresa quer implementar representariam R$ 4.800 a menos para cada trabalhador ao fim de um ano inteiro, segundo o sindicato da categoria.
Além disso, os funcionários protestam contra a possível redução do tempo de licença-maternidade de seis para quatro meses; o fim do pagamento de férias-bonificação e de auxílio para colaboradores com filhos deficientes; e a diminuição da idade limite para auxílio-creche de 7 para 5 anos.
Os Correios dizem que a diminuição de despesas prevista com as medidas criticadas pelos funcionários é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da federação de empregados, diz a empresa, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, diz o texto.