Para o bem de ambos, Norma Pereira e Paulinho Basilio precisam conversar

Pré-candidatos arriscam dividir votos e favorecer Beto Passos se insistirem em disputar votos da oposição entre si

 

 

 

BAIXAR AS ARMAS

Se Paulinho Basilio (MDB) e Norma Pereira (PSDB) quiserem ganhar esta eleição em Canoinhas precisam baixar as armas e conversar. Não a conversa que, como amigos, tiveram ao longo dos últimos anos como vereadores da bancada de oposição a Beto Passos (PSD) na Câmara. Oposição, vamos combinar, bastante branda.

 

 

 

Enquanto o assunto era criticar o prefeito, os dois se deram super bem. Ao decidir quem tem mais cacife para peitá-lo nas urnas, um não cede ao outro e, dessa forma, correm o risco de morrerem, ambos, na praia.

 

 

 

Dentro da perspectiva da derrota, Norma se sai melhor. Pode garantir uma vaga no Congresso Nacional se Carmem Zanotto (Cidadania) for eleita prefeita de Lages. Seria o caso, então, de abrir a cabeça de chapa para Paulinho? Uma coisa pode nada ter a ver com a outra, mas hipoteticamente ficará constrangedor para Norma explicar ao povo que a elegeu prefeita um “muito agradecida, mas não vou aceitar” e mobilizar uma nova eleição em Canoinhas. Uma população que rechaça vereadores que se elegem e assumem secretarias a convite do prefeito não há de aceitar de bom grato a troca da prefeitura por uma cadeira em Brasília, mesmo sob o bom argumento de que lá ela pode fazer mais por Canoinhas do que como prefeita.

 

 

 

 

Paulinho tem uma situação um pouco mais complicada. Ele sabe que tem condições bem mais favoráveis para se reeleger vereador, mas decidiu apostar tudo em uma jogada arriscada. Aparentemente ele abriria mão da cabeça de chapa em favor de Norma, mas, como já escrevi aqui, o MDB não aceita. Não sem razão. Trata-se do partido que ganhou três eleições sucessivas e só está fora da prefeitura há quatro anos. Apoiar candidata de outra sigla seria reconhecer que a derrota da eleição de 2016 deixou marcas mais profundas do que o partido quer admitir. Enquanto o MDB esconde o jogo, na tentativa desesperada de convencer Leoberto Weinert a ir na vice de Paulinho, Norma colocou a faca no pescoço dos pés-vermelhos apresentando Juliano Seleme como seu vice.

 

 

 

 

 

De qualquer forma, independente do que move Norma e Paulinho, ambos precisam ser pragmáticos e entender que independente de quem serão seus candidatos a vice e dos partidos que os apoiarão, os dois dividirão os votos de oposição a Passos. Não é o voto que já é de Ivan Krauss (PRTB), de quem odeia Passos e deseja uma virada radical na administração pública. Trata-se do voto de moderados, que estão insatisfeitos com Passos e/ou saudosos de Weinert. Lembrando que nem todos que admiravam Weinert como prefeito votam automaticamente em quem ele indicar, mesmo que seu nome esteja na vice.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LIÇÃO

Não dá pra comparar a eleição de 2018 com esta, mas a divisão de votos entre Renato Pike (PL) e Leoberto Weinert (MDB) na disputa por uma vaga na Assembleia mostra como a população está dividida, reflexo justamente da vitória apertada de Beto Passos em 2016. Se a população que votou em Pike é a que apoia Passos e a que votou em Weinert é contrária a Passos, basta fazer uma conta simples e ver o que Paulinho e Norma tem a dividir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OFICIAL

Ivan e professora Patricia/Divulgação

Ivan Krauss (PRTB) oficializa candidatura hoje em convenção do partido, tendo a professora Patricia como vice.

 

 

 

 

 

 

 

 

COM AS BÊNÇÃOS DE MOURÃO

Ivan Krauss e André Neves, candidato a prefeito pelo PRTB de Canoinhas e Três Barras, respectivamente, embarcam para Brasília no dia 19. Eles vão fotografar ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão. O vice deve mergulhar de cabeça nas campanhas municipais, ao contrário de Jair Bolsonaro, que vê com reservas sua presença em atos de campanha.

 

 

 

 

 

 

 

72%

dos brasileiros acham que aulas presenciais só devem ser retomadas quando houver vacina contra a Covid-19, aponta Ibope

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CURIOSO

O mais interessante da pesquisa Ibope que mostrou que os brasileiros estão mais preocupados com a abertura dos bares do que com a abertura de escolas. “A população brasileira valoriza a educação da boca para fora. Quando uma população pressiona para abertura de bares e shopping, aí a verdadeira prioridade é revelada”, constata a Priscila Cruz, que se tornou a maior liderança de educação no terceiro setor nos últimos anos com o movimento Todos pela Educação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRANSPORTE

O sistema de concessão do transporte intermunicipal concentra o mercado para poucas empresas e reduz o incentivo para o aumento de qualidade de serviço e baixa de preços. Em Santa Catarina, esse sistema – e os problemas que ele traz – podem estar com os dias contados. Foi protocolado pelo deputado Bruno Souza (Novo) projeto de lei que começa pela troca desse modelo jurássico de ‘concessão’ para ‘autorização’, e apresenta um novo código do transporte público intermunicipal para os catarinenses.

 

 

 

No novo modelo, além de não ter limite de empresas prestando o serviço, quem decide as linhas são as próprias transportadoras. As empresas vão passar a responder às demandas dos consumidores. O projeto de lei também garante liberdade de preços e livre entrada e saída de concorrentes para manter apenas o poder de fiscalização do estado. Também impõe medidas para evitar que haja abusos regulatórios por parte dos fiscaiS.

 

 

 

 

Para o deputado Bruno,  além de trazer qualidade e preços baixos o novo modelo aposta nas duas soluções: liberdade e concorrência.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIGITALIZAÇÃO

Mais de 900 serviços do governo federal podem ser acessados pelo celular, tablet ou computador. Somente no período da pandemia de covid-19, o governo já digitalizou 345 serviços, com uma média de três novos serviços a cada dois dias, desde março. Entre eles, estão o auxílio emergencial de R$ 600 e o seguro desemprego do empregado doméstico. No total, desde janeiro de 2019, são 918 serviços que podem ser acessados pelos cidadãos pela internet, segundo dados do Ministério da Economia.

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