A falta que LHS vai fazer

Gostando ou não da trajetória de pulso firme e comando inabalável de Luiz Henrique da Silveira, uma coisa ninguém pode negar: o peemedebista aguerrido fará muita falta para a política catarinense. Daqui para a frente, muda o PMDB, muda o rumo das próximas eleições, muda o modo de se fazer política no Estado. Se considerarmos que foi LHS o mentor da descentralização e o arquiteto das coligações que elegeram os últimos quatro governos, não é exagero imaginar uma guinada radical na política catarinense a partir do seu desaparecimento.

A relação entre seu partido, o PMDB, e o governo Raimundo Colombo (PSD), já em vias de implodir, agora, desanda de vez. Desanda também a candidatura de Mauro Mariani (PMDB) à sucessão de Colombo. LHS empenhou sua palavra com o deputado federal de que 2018 sua candidatura estava certa. Agora, sem LHS, outras lideranças vão medir forças com Mariani. A palavra final, antes, era de LHS. E agora, de quem será? Aliás, sem LHS e sem apoio do governador, qual o peso do PMDB em uma eleição?

Com a implosão da coligação entre PSD e PMDB, Colombo, que mantém as Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) muito mais por uma imposição de LHS do que por respeito ao PMDB, estará livre para fazer a reforma que bem entender nas autarquias ou, até, extingui-las.

Para o bem ou para o mal, o desaparecimento de LHS cria um vácuo na política catarinense. Se alguém tiver a audácia e altivez do senador, precisa ainda manobrar para ocupar esse espaço. Neste momento, não vislumbro tal pessoa. É, LHS fará falta, sim. Ide em paz.

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