No Brasil, mortes em função da pandemia caíram 6% na última semana epidemiológica
A Secretaria de Saúde de Canoinhas confirmou 34 novos casos para covid-19 no município nesta quinta-feira, 9. São homens e mulheres com idades entre 30 e 61 anos – parte deles veio para Canoinhas a trabalho. Todos estão em isolamento social e sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Em Três Barras, dois pacientes que haviam testado positivo para a covid-19 foram liberados para o convívio social seguro em Três Barras nesta quinta-feira, 8. Agora são 342 pessoas já recuperadas da doença no município.
No entanto, um novo caso foi registrado na cidade neste último dia. Trata-se de um homem de 51 anos, trabalhador de empresa que atua em obras de construção civil na cidade.
Uma mulher de 32 anos, sintomática, teve material coletado para análise laboratorial.
EXPANSÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento diário recorde de casos globais do novo coronavírus nessa quinta-feira, 8, quando o total foi de 338.779 em 24 horas, liderado por uma disparada de infecções na Europa.
A Europa relatou 96.996 casos novos, o maior total da região já registrado pela OMS. As mortes globais aumentaram 5.514 e chegaram a 1,05 milhão.
O recorde anterior de casos novos notificados pela OMS foi de 330.340 no dia 2 de outubro. A agência registrou o recorde de 12.393 mortes em 17 de abril.
Como região, a Europa está relatando mais casos do que a Índia, o Brasil ou os Estados Unidos. A Índia relatou 78.524 casos novos, seguida pelo Brasil com 41.906 e os EUA com 38.904, de acordo com a OMS, cujos dados são menos atualizados do que os relatórios diários de cada país.
De acordo com uma análise dos dados nacionais mais recentes feita pela Reuters, as infecções de covid-19 estão aumentando em 54 países, o que inclui disparadas na Argentina, no Canadá e na maior parte da Europa.
As infecções no Reino Unido atingiram níveis recordes, com mais de 17 mil novos casos registrados ontem.
As novas infecções diárias de covid-19 na França continuaram acima do patamar recorde de 18 mil pelo segundo dia nessa quinta-feira e novas restrições foram impostas para conter o surto.
O número médio de novas infecções na Bélgica aumentou durante sete dias seguidos, e também ontem a Alemanha relatou seu maior aumento diário de casos novos desde abril.
Nos EUA, que têm o maior número total de casos e mortes do mundo, as novas infecções estão crescendo, assim como o número de pacientes de covid-19 hospitalizados desde o início de setembro.
QUEDA DE MORTES
O número de casos de covid-19 ficaram estabilizados na última semana epidemiológica (40) em comparação com a anterior (39), com oscilação de 0,5% no Brasil. Já as mortes em função da pandemia caíram 6% no mesmo período, considerado por especialistas como uma estabilidade na evolução da curva.
Os dados estão no Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (8). O documento avalia a evolução da pandemia no Brasil e traz dados nacionais e regionais do fenômeno. Ele considerou a semana epidemiológica 40, de 27 de setembro a 3 de outubro. O termo é empregado para designar períodos utilizados por autoridades de saúde.
A semana epidemiológica 40 teve 188.842 novos casos, contra 189.751 na semana epidemiológica 39. A média diária caiu para 26.977. Na evolução da curva, é possível perceber uma tendência de queda, mas com oscilações para cima e momentos de estabilização, como nessa última semana.
Já o número de casos caiu, mas dentro da margem de estabilidade. Na semana epidemiológica 40 foram registrados 4.581 novos óbitos, enquanto na semana anterior haviam sido notificados 4.874 mortes por covid-19. A média diária ficou em 654. Na análise da curva, a tendência de queda aparece de modo mais claro desde a semana epidemiológica 30, após dois meses de platô.
Em relação aos casos, seis estados tiveram aumento no período analisado, sendo os maiores no Rio Grande do Sul (59%) e Rio de Janeiro (42%). Mais nove unidades da Federação ficaram estáveis e 12 apresentaram redução de diagnósticos entre as duas semanas epidemiológicas, com as maiores quedas em Rondônia (-26%) e Mato Grosso (-21%).
Quando consideradas as mortes, oito unidades da Federação tiveram elevação, tendo os maiores resultados no Amazonas (123%) e Acre (38%). Oito locais ficaram estabilizados e mais 11 apresentaram diminuição, sendo as mais acentuadas na Paraíba (-38%) e no Pará (-29).
A distribuição geográfica apresentou uma reversão do processo de interiorização. A proporção de casos em localidades do interior caiu de 63% para 59% entre as semanas epidemiológicas 39 e 40, enquanto aqueles notificados em regiões metropolitanas subiram de 37% para 41%. Quando consideradas as mortes, as duas modalidades de cidades estão empatadas, com metade dos óbitos cada uma.
SRAG
O Boletim Epidemiológico também traz dados sobre ocorrências de Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG). Desde o início da contagem, no começo do ano, até agora, foram registrados 418.070 casos de internação por SRAG com covid-19. Mais 82.497 ainda estão em investigação.
Em relação ao perfil, a faixa etária com mais situações deste tipo é a de 60 a 69 anos (85,8 mil), seguida por 50 a 59 (76,6 mil) e 80 a 89 (72,9 mil). Na divisão por gênero, 235,5 mil eram homens e 182,4 mil, mulheres. Na ocorrência por cor e raça, 144,1 mil eram brancos, 140,9 mil eram pardos, 20 mil eram pretos, 4,5 mil eram amarelos, 1,4 mil eram indígenas, em 73,7 mil casos a característica foi ignorada e em 33,2 mil não havia informação.
TESTES
Desde o início da pandemia, foram distribuídas 7,5 milhões de reações de testes laboratoriais RT-PCR. Os estados que mais receberam foram Rio de Janeiro (1,2 bilhão), São Paulo (1,18 bilhão) e Paraná (984 milhões). No mesmo período, foram realizados 4,1 milhões de exames em todo o país.
De acordo com o Boletim Epidemiológico, o número de testes solicitados por semana epidemiológica vem caindo desde a semana epidemiológica 35, com uma oscilação para cima na semana epidemiológica 37. Na última semana foram solicitados 228.812 exames, contra 239.041 na semana epidemiológica anterior. O documento pondera que os dados estão sujeitos a alterações.