Critérios para distribuição de fundo eleitoral respeitam vontade de caciques políticos

Levantamento mostra que desejo da executiva nacional  prevalece sobre todas as outras formas de distribuição

 

 

CRITÉRIOS

Levantamento feito pelo Centro de Política e Economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas mostra que 83% dos dirigentes partidários brasileiros usam a discricionariedade da executiva como motivo para alocação de recursos do fundo eleitoral. 47% dizem que entregam o dinheiro nas mãos dos diretórios estaduais e 40% priorizam “estratégias e interesses do partido”. Vai neste último item uma parafernália de motivos, dos mais aos menos republicanos.

 

 

 

Das três principais justificativas, nenhuma privilegia a transparência.

 

 

 

Há ainda reserva de valores para segundo turno, mais dinheiro para capitais e priorização de candidatos a reeleição. Novamente, nenhuma das justificativas não só não privilegia a transparência como deixa claro que os partidos não obedecem critérios mínimos de distribuição igualitária. E tudo isso com dinheiro de impostos pagos pelo povo.

 

 

 

O mesmo levantamento aponta que não há critérios objetivos claros para a alocação dos recursos e o poder de decisão está sempre concentrado nas mãos das executivas nacionais ou estaduais das legendas.

 

 

 

Relatos de candidatos a prefeito da região de Canoinhas mostram que, apesar de eles pagarem o pato pelo fundo (muitos os acusam de estarem fazendo campanha com dinheiro do povo), muitos deles não veem a cor do dinheiro. E quando veem, é uma mixaria, ao ponto de alguns estarem estudando de que forma vão devolver as migalhas para não ter a dor de cabeça de prestar contas dentro um sistema infernalmente burocrático.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

R$ 2 bilhões

é quanto o Governo Federal liberou de recursos para o Fundo Eleitoral neste ano

 

 

 

 

 

 

CAMINHO PERIGOSO

Gente que acompanha a política local há tempos vê como estratégia de risco a adotada pela candidata Norma Pereira (PSDB) de ataque contínuo ao oponente Beto Passos (PSD). A ideia da campanha da tucana é bater até cansar de modo que Passos chegue nas cordas na semana decisiva. Pode funcionar, porém, como o debate ocorrerá uma semana antes da eleição, Passos já conhecerá boa parte das cartas que a adversária têm na manga para desestabilizá-lo. Ela, pode, claro, surpreender com mais munição. De uma coisa pouca gente tem dúvida: resta fracassada (se é que existiu algum dia) qualquer tentativa de harmonia entre os candidatos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DISCURSO

Há um problema de roteiro que precisa ser sanado na campanha de Norma. No programa desta terça, a candidata colocou um depoimento de uma senhora que teria sido negligenciada pela Saúde do Município em relação a medicamentos. O depoimento tem impacto positivo para ela. Contudo, na sequência Norma colocou como uma das soluções para a Saúde a reabertura da Clínica da Mulher e da Criança, questão que obviamente pode ser discutida como prioridade, mas passa longe do problema apresentado pela mulher.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DEFERIDO

A Justiça Eleitoral não acatou pedido de impugnação da candidatura de Onivaldo da Costa Menezes (PDT) a vereador de Bela Vista do Toldo. O pedido apontava que o candidato nunca teria morado na cidade. “o candidato comprovou que exerce a profissão de médico no município no qual pretende concorrer as eleições, ao menos desde o ano de 2015, com carga horária de 20 horas semanais; e ainda, para além da locação impugnada, que utiliza com regularidade do comércio local, notadamente para refeições (recibos que instruem a petição)”, escreveu a magistrada que analisou a demanda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NA PROMESSA

Em novembro, o preço do gás natural deve sofrer um reajuste de 33%. Em agosto de 2019, no lançamento do chamado Novo Mercado do Gás, foi dito que a meta inicial era reduzir pela metade o valor do produto. Essa valorização chama a atenção para uma antiga promessa de estender a rede de gás natural que vem até Rio Negrinho para Três Barras e Canoinhas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

120%

entre 2019 e agosto de 2020 foi o aumento no número de armas vendidas a caçadores, atiradores e colecionadores

 

 

 

 

 

 

 

 

ATENÇÃO, PROFESSORES

O governo Jair Bolsonaro quer vincular o reajuste do piso salarial dos professores da educação básica à inflação, o que elimina o ganho real garantido pela lei atual. A proposta do governo é alterar a Lei do Piso na regulamentação do Fundeb.

 

 

 

 

A lei, de 2008, vincula reajuste anual à variação do valor por aluno do Fundeb, o que se reflete em aumentos acima da inflação, mas pressiona as contas de estados e municípios. O governo quer que a atualização seja só pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

 

 

 

 

Caso a regra já valesse, o reajuste em 2019 teria sido de 4,6%. O último aumento pela Lei foi de 12,84%, quando o piso chegou a R$ 2.886,24. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

29,9%

foi o aumento da inadimplência em faculdades desde o começo da pandemia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A FRASE

Uma frase do poeta português Alexandre Herculano para iluminar esta terça-feira. “Não me envergonho de corrigir e mudar minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”.

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