Candidatos foram econômicos nas críticas nos primeiros blocos
MORNO, MAS NEM TANTO
O debate entre os candidatos a prefeito de Bela Vista do Toldo pode ser considerado morno, com picos de acirramento no bloco das perguntas diretas de candidato para candidato. Tinha tudo para ser o debate mais nervoso, mas não foi.
Carlinho Schiessl (PDT) guarda mágoa de Adelmo Alberti (PSL) por, segundo ele, ter sido tirado do comando da Secretaria de Obras sem qualquer aviso. Os dois estão rompidos desde então, embora Carlinhos siga vice-prefeito de Adelmo. A semana teve ainda um episódio de violência denunciado por Schiessl durante a campanha.
A mágoa, em partes, foi exposta por Schiessl com leves cutucadas no segundo bloco, mas Alberti, que se tivesse pedido direito de resposta possivelmente teria ganhado, não tomou conhecimento e deixou passar, revelando sua tática de ouvir calado as ofensivas do vice nos primeiros blocos. Schiessl parece ter compreendido o recado e se reservou no terceiro bloco, retornando do campo de batalha do qual Adelmo recuou no segundo bloco.
No confronto direto (quarto bloco), quando candidato questiona candidato, o jogo voltou para o campo no qual Schiessl avançou no segundo bloco. Alberti sabia que o jogo seria mais duro e só então revelou a tática adotada para responder questões mais delicadas: desestabilizar o adversário com dados. “O senhor está errado quanto aos números”, disse Alberti a Schiessl que retrucou dizendo que não precisa saber números para conhecer a realidade do Município. Diante de novas ofensivas de Schiessl, Alberti manteve o discurso técnico.
Quando o debate esquentou um pouco mais, veio o balde de água fria das considerações finais, bastante protocolares. Se queremos os candidatos mais fora do campo seguro das perguntas e respostas do público e da produção, que não podem ser direcionadas, talvez seja o caso de aumentar o tempo de confrontos diretos nos próximos.