PSD e PSDB foram os partidos que levaram a melhor no número de prefeitos no Planalto Norte
QUEM GANHA, QUEM PERDE
A eleição deste ano colocou novamente o MDB como líder no ranking de prefeituras obtidas por partido e mostrou encolhimento do PSDB e do PT pelo Brasil. O bom resultado do MDB, no entanto, não esconde seu encolhimento. No ranking geral, o MDB foi vitorioso em 777 dos 5.567 municípios, mas perdeu espaço para partidos de centro. O resultado emedebista representa um encolhimento de 25% em relação à quantidade de prefeituras ganhas há quatro anos, mas a retração não foi suficiente para que o partido deixasse o primeiro lugar obtido em 2016.
PREFEITOS ELEITOS POR PARTIDO
Fonte: Dados do TSE sistematizados por Marco Antonio Faganello para o jornal Folha de S.Paulo
PP e PSD, duas siglas do chamado centrão, e DEM foram as que mais ascenderam em número de municípios governados pelo país. Na região do Planalto Norte, o PSD foi o mais bem-sucedido, elegendo prefeitos de cidades importantes como Canoinhas, Três Barras e Itaiópolis.
O pleito também aponta um relativo fracasso do PSL, sigla na qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente, em transformar em votos seu robusto orçamento do fundo eleitoral. Voltando-se para o Planalto Norte vê-se o curioso caso de Bela Vista do Toldo, onde a eleição de Adelmo Alberti puxou quatro vereadores da sigla para a Câmara.
Segundo colocado no ranking de 2016, quando surfou em uma eleição marcada pela rejeição ao PT, o PSDB caiu de 804 para 519 prefeituras vencidas. Em Canoinhas o partido de Norma Pereira perdeu a eleição para a prefeitura, mas ao menos conseguiu manter a cadeira na Câmara. Na região teve desempenho melhor, elegendo os prefeitos de Irineópolis, Porto União e Monte Castelo.
Principal antagonista dos tucanos historicamente, o PT também deve sair do pleito como derrotado no quesito quantidade, a exemplo do ocorrido em 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff. O partido se mantém sem prefeitos em capitais (disputará o segundo turno em duas delas) e nem sequer repetiu a já baixa marca de 256 prefeituras alcançada há quatro anos. Na região, mal lançou nominatas para a Câmara de Vereadores e somente em Major Vieira apareceu na candidatura majoritária na chapa vitoriosa de Adilson Lisczkovski. Edson Schroeder (PT) foi eleito vice-prefeito. Antes, nas eleições municipais de 2012, ápice da popularidade de Dilma e Lula, petistas haviam vencido em 644 cidades. Neste ano, até agora, venceu em 178.
NÃO É BEM ASSIM

Presidente do PSL, Célio Galeski achou maliciosa a colocação da coluna de que ele está aguardando uma secretaria para chamar de sua. “Não se trata de uma negociação, isso é de direito, foi o acertado antes da eleição. Nós apoiamos a candidatura do Beto e, em contrapartida, nós faremos parte do governo. É isso. Quem ganhou faz parte do governo, quem perdeu não faz”, afirmou.
JURÍDICO
O Tribunal de Contas do Estado instaurou procedimento para investigar denúncia feita pelo candidato a vereador derrotado nas eleições municipais de Canoinhas, Maicon Taborda (PRTB), contra o prefeito Beto Passos (PSD) acusando-o de contratações irregulares de assessores jurídicos desconsiderando a necessidade de concurso público.
CONTRAPONTO
O Governo do Município esclarece por meio de nota “que não há irregularidade em contratações de advogados”. A nota diz que “esclarecemos que, inclusive, a atual estrutura do departamento jurídico está de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público de Santa Catarina. Os advogados foram contratados por meio de concurso público. Já os assessores jurídicos são cargos de confiança e de livre nomeação do prefeito municipal. O Município apresentou defesa junto ao Tribunal para reestabelecer a verdade mais uma vez.”
MALAS PRONTAS
O delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas, Marlon Bosse, vai compor temporariamente a equipe do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em Lages. A convocação é o reconhecimento pelo trabalho exemplar na Operação Et Pater Filium, que culminou na prisão do prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, e de seu filho. O delegado Nadal Jr o substitui na DIC.
2%
dos candidatos a prefeito e vereador acumularam verbas da campanha deste ano
VOLTA AO TRABALHO
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que fala sobre a remarcação e o cancelamento de pacotes de eventos que ocorreriam durante a pandemia de covid-19.
A matéria que determina o pagamento de adicional de insalubridade aos servidores públicos estaduais que estejam exercendo atividade em instituições de saúde que prestam atendimento a pacientes de covid-19 também foi aprovada.
O colegiado aprovou, ainda, projeto que altera um artigo da Política Estadual de Recursos Hídricos. Outra matéria aprovada trata da escolha, por parte do consumidor, do dia de vencimento da fatura de energia elétrica.
Também foi apreciado o projeto que exige o Programa de Integridade para as pessoas jurídicas que firmarem contrato com a administração pública estadual.
PARECERES
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta terça-feira, 24, pareceres pela rejeição de cinco mensagens de veto do governador a projetos de lei de origem parlamentar. Um dos relatórios sugere a derrubada do veto parcial ao projeto de lei sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2021. Os trechos barrados pelo Executivo estadual dizem respeito a questões relacionadas ao acesso à informação, à aquisição ou contratação de bens de luxo por parte da Administração estadual e à ampliação do número de emendas impositivas por deputado. nos dois primeiros pontos a justificativa do governo é que são matérias estranhas à Lei de Diretrizes Orçamentárias, ou seja, não tem afinidade com o tema.
Outras quatro mensagens do governador também tiveram parecer pela rejeição. Entre elas, o veto parcial ao PL 180/2020, de autoria do deputado Fabiano da Luz, que estabelece normas para evitar a propagação de doenças transmitidas por vetores, tais como febre amarela (Aedes albopictus) e dengue (Aedes aegypti) e veto total ao PL 257/2020, de autoria do deputado Mauro de Nadal (MDB), que altera o Código Estadual do Meio Ambiente no artigo que trata da exigência da construção de cisternas para a emissão ou renovação de licenciamento ambiental em propriedades rurais.
Todos os vetos analisados pelo colegiado agora vão ser votados pelo Plenário.