Na noite desta sexta-feira, 31, o Conselho de Segurança do Campo d’Água Verde (Consecamp), se reuniu com autoridades locais para tratar da onda de roubos, furtos, violência e trânsito do distrito.
Aproximadamente 70 pessoas da comunidade participaram da reunião, que teve ainda a presença de vereadores, secretários municipais, comandante do 3º BPM tenente coronel Mario Renato Erzinger, delegado regional Wagner Meireles, e imprensa.
Pessoas da comunidade relataram os principais problemas do distrito, como tráfico de drogas, comércio de armas, roubos/furtos e até um suposto pedágio que vem sendo cobrado em determinadas ruas do distrito. Por fim, cobraram ações por parte da Polícia Militar e Polícia Civil.
Erzinger relatou a situação do efetivo local e pontuou alguns problemas que enfrenta à frente da instituição. Em determinados momentos deixou a emoção tomar conta da sua fala, relatando que em 33 anos de serviço que tem nunca viu preso cantar e debochar dos seus policias como, segundo ele, vem acontecendo nos últimos dias em Canoinhas. Ainda falou que a vontade dele em acabar com a criminalidade na região é grande também, porém, acrescentou que não é só a polícia que faz a segurança. “São vários outros fatores que começam na estrutura familiar, por exemplo”. Ao finalizar, informou que a partir daquele momento seria desencadeada a “Operação Sufocação”, com um emprego ainda maior de viaturas e forças militares no bairro para tentar acabar com os problemas pontuais.
O delegado regional fez questão de mostrar em números a realidade à comunidade. Sobre o efetivo, disse que “quando aqui cheguei na cidade encontrei 33 policiais, hoje estou com 26 e desses, 12 estão requerendo a aposentadoria e isso para atender a mais ou menos 85mil habitantes em toda a minha área de abrangência”. Meireles explicou que a Polícia Civil hoje trabalha com algumas prioridades como o roubo e casos de homicídio, crimes de maior impacto para a população. “Tentamos dar uma resposta mais rápida”, frisou o delegado. Ele fez menção a uma grande ação conjunta que aconteceu no distrito do São Cristóvão, em Três Barras, que desarticulou vários pontos de vendas de drogas e a prisão de alguns traficantes. “Trabalho esse que leva de seis meses a mais para investigar, levantar provas e apresentar estas provas para a conclusão do trabalho que é o mandado de prisão expedido pela Justiça”, explicou.
“Não nos falta vontade e empenho da nossa parte para concentrarmos esforços no distrito. A primeira resposta nossa será essa operação”, destacou o delegado regional.
Ele disse que na sequência serão levantadas provas testemunhais. “Isso gasta certo tempo. Lembro que quem condena é o papel e não opinião pública, não é porque eu acho ou quero que a pessoa vai ser condenada, presa e encaminhada à UPA”, finalizou o delegado.
A população pediu que fossem retomadas as operações arrastão em bares, lanchonetes, frente à danceterias/clubes durante noite e madrugada de dias de semana e finais de semanas. Erzinger se comprometeu a analisar o pedido.