Por sete votos a três os vereadores de Três Barras rejeitaram nesta segunda-feira, 3, a abertura de investigação a partir da denúncia que levou ao afastamento do prefeito Elói Quege (PP). Se a maioria simples aceitasse a denúncia, seria constituída uma comissão processante para julgar Quege. O grupo seria formado por três vereadores escolhidos por sorteio.
Abraão Mussi (PT), Laudecir Gonçalves (PR) e Mara Schimoguiri (PTB) votaram favoráveis à denúncia. Dionice Mercês Guimarães (PP), Ernani Wogeinaki Junior (PSB), Fabiano José Mendes (PR), João Francisco Canani (PP), Joel da Cruz (DEM), Renilce de Oliveira (PSD) e Siomara Muhlmann Correa (PP) foram contrários.
A comissão seria responsável por investigar possíveis irregularidades cometidas por Quege. Baseados nas conclusões dessa investigação, a comissão poderia indicar a abertura de um processo de cassação do mandato.
Na semana passada, Quege se reuniu com os vereadores para fazer uma defesa prévia, argumentando que estava baseado na Lei quando fez as contratações que, para a Justiça, foram irregulares.
Mais de 300 pessoas, a maioria funcionários públicos, assistiram a sessão.
Quege foi afastado por 180 dias do cargo e seu vice, Alinor Lescovitz, assumiu o cargo no dia 24 de julho. Ele teve os direitos políticos cassados por cinco anos, terá de pagar multa 30 vezes seu salário à época das contratações, está proibido de contratar com o poder público por três anos e, ainda, terá de pagar 20% do valor da causa processual na qual foi condenado.