Bianca Neppel fala sobre a sensação de que nada acontece em Canoinhas

Será que sou eu?

Sim, acho que sou eu que não consigo ver onde estão o crescimento, o avanço, os dados favoráveis do “suposto e alardeado” crescimento de Canoinhas.

Parei para escrever a coluna e pensei que queria escrever algo positivo e vibrante. Comecei, imbuída de sentimentos positivos e sinceros, a pensar sobre o que escrever.

Queria falar das obras, das ações, dos projetos de lei, de coisas que tivessem beneficiado a comunidade e que deixassem claro que o nosso rico dinheirinho foi bem aplicado.

Não encontrei grandes feitos, nem pequenos feitos.

Chego a conclusão que a administração municipal faz o óbvio, que é manter os serviços essenciais em funcionamento, como a saúde, a educação, a limpeza urbana e algum tapa buraco aqui e acolá.  Mas é só isso…

 

Aliado a isso…

Parece que as pessoas sofrem de uma letargia, que não reclamam mais. Mas não porque está tudo bem, mas sim, pelo simples motivo de que estão cansadas. Sabe aquela sensação de impotência? De que não adianta reclamar?

Vejo uma ou outra reclamação, mas nenhuma coletiva. As pessoas querem apenas resolver seus problemas individuais e quando não tem a solução, reclamam.

Mas não existe mais aquela preocupação com a comunidade, com a melhoria da qualidade de vida. Parece que é cada um por si.

 

 

Desacato

O famigerado aviso “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela” (Art. 331 do Código Penal – Decreto Lei 2848/40), comum nas repartições públicas, está com os dias contatos. A comissão de juristas que prepara o novo Código Penal propôs ao Senado, por maioria dos votos, a revogação do crime.
Atualmente, a pena para o crime de desacato a funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela é de seis meses a dois anos de detenção ou multa. Com a revogação, os juristas incluíram, então, um parágrafo ao crime de injúria. Para a nova classificação, a pena será de seis meses a um ano e multa, podendo chegar a três.

 

Foto: Crianças se apresentam em evento organizado pelo programa Cante e Dance/Arquivo
Foto: Crianças se apresentam em evento organizado pelo programa Cante e Dance/Arquivo

Demissão de professores

Lamentável a contratação relâmpago e a demissão sumária de professores da rede municipal de ensino, contratados para trabalhar nos projetos Cante e Dance e AABB Comunidade. A alegação de que foram demitidos por contenção de gastos só denota a falta de planejamento por parte da administração municipal.

Pior ainda é pensar que estes professores passaram por teste seletivo e muito provavelmente abriram mão de outros empregos e oportunidades, sendo que com a demissão tiveram seus planos e seu planejamento de vida interrompido. Mereciam uma indenização!

 

 

Serviços bancários

Os serviços bancários ainda estão longe de agradar o consumidor. Prova disso é que as reclamações contra o segmento não param de crescer. Segundo dados do Banco Central do Brasil (Bacen), as queixas contra as instituições financeiras aumentaram 76% entre 2012 e 2013. E, pelos primeiros números deste ano, a tendência é a manutenção de índices altos. Na comparação de janeiro de 2014 com o mesmo período do ano anterior, o acréscimo foi de 39,8%. São problemas de falta de informação, de entendimento do contrato e do extrato bancário, além de cobranças indevidas e taxas irregulares.

A principal queixa registrada no Banco Central é relativa a débitos não autorizados. Cobranças de taxas e descontos que o cliente não permitiu

 

violencia-mulher-rio-pretoViolência contra a Mulher

Mesmo com as louváveis mudanças na legislação brasileira, como a que retirou o termo (conceito?) “mulher honesta” do Código Civil, e a aprovação, em 2006, da Lei Maria da Penha , os números dos assassinatos de mulheres chegam a um absurdo patamar de mais de 15 feminicídios diários , no país. Ou seja, uma morte violenta de mulheres a cada 1h30min.

Já há três anos o Brasil ocupa a 7ª posição na listagem dos países com mais casos de feminicídios

Um levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde ) aponta para o fato de que 70% das vítimas de assassinato, do sexo feminino, foram mortas por seus (ex) parceiros. No Brasil, além dos elevados índices de feminicídios, a cada 15 segundos uma mulher é espancada e, no mesmo intervalo de tempo, ocorre um caso de estupro contra elas.

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