




O protesto contra as péssimas condições da rodovia SC-303, que liga Canoinhas a Timbó Grande nesta semana levanta uma das maiores mazelas de Canoinhas: a má conservação de estradas de chão. Enquanto o problema parece estar momentaneamente resolvido para os moradores das localidades que dependem da rodovia e das estradas que a interligam, várias outras localidades sofrem com problemas semelhantes.
É o caso da comunidade do distrito de Felipe Schmidt. A estrada geral que liga o distrito à Irineópolis está intransitável. Segundo os moradores, em três anos a Secretaria de Obras mandou maquinário apenas uma vez. Sem esperança de serem atendidos, os moradores têm eles mesmos feitos alguns reparos paliativos. Problema semelhante se encontra na localidade de Valinhos. Encorajados pelos manifestantes de Barra Mansa e Rio dos Pardos, moradores de Felipe Schmidt dizem que vão esperar a prefeitura terminar as melhorias nas estradas que cortam a SC-303 para fazer protesto semelhante. “Só desbloquearemos a rua quando vermos a estrada transitável”, diz Jonas Hudzinski.

PROBLEMA RESOLVIDO?

Quando as máquinas da prefeitura passam, nem sempre é sinônimo de problema resolvido. Paulo Schwatey publicou no Facebook fotos que mostram o tamanho das pedras distribuídas pela prefeitura em uma rua do bairro Piedade. “Temos carros, não tratores”, disse indignado, temendo danificar os pneus na rua.
Em Marcílio Dias, a rua Euzébio Piermann, que dá acesso ao Cemitério do distrito está tão precária que nem os carros funerários arriscam passar. O caminhão de coleta de lixo, relata o morador Daniel de Mello, se recusa a subir, levando os moradores a ameaçarem jogar o lixo em frente à prefeitura. Dias atrás a prefeitura mandou uma caçamba de cascalho, mas segundo moradores, isso não resolveu.
Todas as reclamações que são passadas para o JMais são repassadas ao secretário de Obras Bene Carvalho que, entre apresentar solução futura ou dizer que já há máquinas nos locais, sempre justifica as mazelas como efeito da chuva.