29 de março de 2022
Investigado por denúncias de envolvimento com um esquema de corrupção operado por pastores no Ministério da Educação, o ministro Milton Ribeiro pediu demissão ontem. A saída ocorre dez dias após a publicação da primeira de uma série de reportagens do Estadão que revelou a atuação do gabinete paralelo do MEC com cobrança de propina até mesmo em barras de ouro em troca da liberação de recursos federais para a construção de escolas por prefeituras. O presidente Jair Bolsonaro, que há três dias disse colocar “toda a cara no fogo” pelo ministro, aceitou a demissão após o Estadão publicar que em solenidade do MEC foram entregues Bíblias com a foto do ministro. A revelação aumentou a pressão de lideranças da bancada evangélica no Congresso por uma mudança no MEC. O presidente também foi convencido por integrantes do PL e do Progressistas de que a permanência de Ribeiro no ministério poderia prejudicar a campanha pela reeleição. Com a saída de Ribeiro, o governo Bolsonaro terá o quinto ministro da Educação em pouco mais de três anos.
Folha de S.Paulo
O Estado de S.Paulo
O Globo
