Os parlamentares voltaram a comentar as manifestações de 13 de março durante a sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 16. Luciane Carminatti (PT) propôs uma leitura sensata dos protestos. “Estive com empresários que alertaram para responsabilidade das lideranças, ‘olha precisamos garantir governabilidade para voltar a crescer, não podemos ter instabilidade e políticos oportunistas do tanto pior melhor para tirar uma casquinha’”, alertou Carminatti.
Já o líder do PSD, Darci de Matos, destacou a indignação dos manifestantes. “Mais de 6 milhões de pessoas, idosos, crianças, trabalhadores, empresários, profissionais liberais, muitos de cara pintada, com camisa do Brasil, trazendo na alma muita indignação, querem dar um basta nessa realidade, ‘nós não aguentamos mais’”, afirmou Darci, que ponderou a gravidade da situação. “Precisamos formalizar um pacto para rediscutir o país, dar um novo direcionamento político e econômico”, sugeriu o representante de Joinville.
Ana Paula Lima (PT) citou pesquisa da Revista Veja sobre as motivações dos manifestantes. “A Veja revelou que as pessoas estavam nas manifestações por causa da corrupção e dos problemas econômicos, não por causa do partido a, b, c”, advertiu Ana Paula, explicando que nem todos eram críticos de Dilma Rousseff ou do ex-presidente Lula. “Precisa cautela para não entrar em clima de fascismo, está em jogo um golpe de estado”, informou a deputada, que cobrou tranquilidade para Rousseff governar. “Sem oportunismo do PMDB, todos juntos, temos de ter a capacidade de reverter a situação”, opinou Ana Paula.
Leonel Pavan (PSDB) demonstrou pessimismo. “Eu sou empresário e vejo pessoas buscando emprego, lojas fechando, municípios falidos, estamos caminhando para um lugar que não tem como voltar, o PT foi a maior catástrofe que o nosso país sofreu em toda sua história”, disparou o ex-governador.