Com agronegócio na liderança, ICMS retornou R$ 1,5 bilhão para Canoinhas no ano passado

Foram emitidas 42.411 notas por produtores rurais em 2021

A movimentação econômica de Canoinhas superou a marca de R$ 1,5 bilhão em 2021, segundo relatório da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. O documento traz números dos últimos três anos e é resposta a requerimento de autoria do vereador Wilmar Sudoski (PSD), encaminhado à pasta há cerca de três semanas.

O valor é referente ao índice de retorno de ICMS ao município, gerado por vendas das empresas e da produção agropecuária, como também do consumo de energia elétrica, serviços de telecomunicações, entre outros serviços.

Na tribuna da Câmara, durante a sessão ordinária de terça-feira, 26, Sudoski lembrou que o agronegócio continua sendo a principal matriz do movimento econômico local.  

No último ano, conforme informou o vereador, o valor gerado pela produção agropecuária praticamente dobrou, ficando em mais R$ 739,4 milhões, ante os R$ 391,3 milhões de 2020, conforme o número de notas emitidas aos produtores rurais e também digitadas pelo setor de Bloca de Notas.

O grande responsável por este aumento foi a produção de suínos, que ultrapassou a cultura de fumo, assumindo a liderança do ranking e passando de R$ 77,5 milhões para R$ 373,6 milhões, o seu movimento econômico nos últimos dois anos.

Vereador Wilmar Sudoski/Divulgação

“A suinocultura deu um salto importante. Talvez tenha alguma justificativa para este aumento, algo que não estava sendo lançado ou contabilizado nos anos anteriores”, apontou o vereador, ao destacar o acréscimo do movimento econômico da produção de suínos em mais de quatro vezes em um ano.

Mesmo tendo um leve crescimento em 2021, o fumo segue agora na segunda colocação com R$ 109,4 milhões movimentados. Em 2020 o produto gerou R$ 104,6 milhões. Já a produção de soja permanece em terceiro lugar, com R$ 87,1 milhões de valores agregados movimentados, ante os R$ 76,3 milhões de 2020.

Quarto colocado no top 10, a produção de frango quase que duplicou sua movimentação econômica: passou de R$ 14 milhões para R$ 27 milhões nos últimos dois anos. Já na quinta colocação estão os valores agregados pela produção bovina, que no ano passado movimentou R$ 26,7 milhões, ante R$ 17,4 milhões de 2020.

De acordo com o balanço, o ranking ainda tem as produções de milho, feijão, leite in natura, erva-mate e batata, respectivamente, entre a sexta e a décima colocações. Dentre estas culturas, duas chamam atenção pelo acréscimo acentuado no valor agregado entre 2020 e 2021: a produção de feijão aumentou de R$ 5,9 milhões para R$ 18,7 milhões; enquanto a de milho passou de R$ 16,6 milhões para R$ 24,8 milhões.

Ainda conforme o relatório, nenhum dos produtos do top 10 teve queda de valor agregado nos últimos dois anos.



NOTAS

Outra informação importante diz respeito às notas fornecidas aos produtores rurais do município. Em 2021 foram emitidas 42.411 notas. Destas, 34.516 foram digitadas, 5.957 não utilizadas e 1.938 não devolvidas até o dia 13 de abril de 2022. Já em 2020 foram 40.582 notas emitidas, 33.341 digitadas, 7.023 não utilizadas e 218 não devolvidas no prazo estabelecido pelo setor de Bloco de Notas.

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