O povo anda tão desiludido com a política nacional que mesmo vivendo num país que tem a democracia como regime político, não se manifesta por não acreditar mais que o ouçam. Quando aparece para se manifestar e se opor às situações absurdas que são relatadas a cada dia, os políticos se manifestam demagogicamente elogiando a participação do povo que na verdade está ali mais uma vez para tentar dar um basta às falcatruas e manobras destes que se dizem representantes do povo.
Pois bem, estamos novamente discutindo os salários ou subsídios dos vereadores. Num momento em que o país vive uma situação econômica negativa, com contenção de despesas em todas as áreas e atividades, com corte de empregos nas empresas. O cidadão se contenta se tem a alimentação para a família. Entre os aposentados 70% recebem o salário mínimo, modelo que está sendo aplicado faz tempo e nem um partido que se dizia ser dos trabalhadores não mudou este quadro.
Enquanto isso muitos legislativos municipais estão na luta para aumentar os salários. O povo mais uma vez está totalmente contra tal atitude. Se a voz do povo é a voz de Deus, daria pra dizer que eles não ouvem Deus? Se usarmos da lógica para responder a pergunta, certamente temos que dizer que sim. E ainda dizem que o salário mínimo não é nada mas esquecem que 70% dos aposentados brasileiros vivem apenas com um salário mínimo.
Uma das colunas atrás das quais os legisladores se escondem é a porcentagem que é definida para ser repassada à câmara de vereadores. Estas regras atrapalham a administração eficiente dos municípios pois lhes impõe linhas que em muitos locais não deveriam ser seguidas para obter resultados significativos nas diversas áreas de atuação do poder público, muito necessitadas como a educação, a saúde, a segurança, a infraestrutura, sem considerar a ordem. Quando o município tem uma grande arrecadação e pequena área (pouca rodovia), população pequena, é muito diferente de um município com pequena arrecadação e grande área, com muitas praças, grande dimensão de rodovias. Neste último caso, que é o caso de Canoinhas, o direcionamento da arrecadação necessita ser em primeiro lugar para atender o público. Se fizermos um estudo da viabilidade econômica do município de Canoinhas certamente concluiremos que não é viável, teremos que depender permanentemente de verbas vindo do estado e da nação. Se lembrarmos das gestões dos prefeitos passados, os que conseguiram resolver os problemas dos buracos nas ruas da cidade são os que além de fazer uma boa gestão tinham facilidade de obter verbas estaduais.
Com tudo isso está aí novamente a discussão do salário dos vereadores, esquecendo que anos atrás já se discutia a mesma coisa. Esperamos que haja boa vontade de todos, população e poder público em realmente pensar no município, não como ocorreu em outra oportunidade em que o projeto foi preparado, engavetado e apenas votado em 22 de dezembro em duas sessões consecutivas do mesmo dia, uma às 20 horas e outra às 22 horas, totalmente ilegal e fora do que indica a lei orgânica municipal que diz que deve haver um interstício. Fica claro que o objetivo era evitar qualquer participação do povo pois nesta data, véspera de Natal, ninguém mais fica se preocupando com salário dos vereadores, menos eles, é claro.
Por último, será que devemos então, neste momento discutir o salário da próxima legislatura ou devemos antes solicitar a devolução dos salários recebidos indevidamente uma vez que a votação não seguiu os trâmites definidos em lei orgânica? Se aquele salário é ilegal, como é, todos os que o seguiram foram determinados a partir daquele, portanto, também ilegais.
A Câmara de Vereadores que mostrar que deu um passo em direção à população, a estas alturas, ficará na história e terá o respeito e admiração de um povo que não acredita mais.
Prof. MSc. Rui Branco
O povo anda tão desiludido com a política nacional que mesmo vivendo num país que tem a democracia como regime político, não se manifesta por não acreditar mais que o ouçam. Quando aparece para se manifestar e se opor às situações absurdas que são relatadas a cada dia, os políticos se manifestam demagogicamente elogiando a participação do povo que na verdade está ali mais uma vez para tentar dar um basta às falcatruas e manobras destes que se dizem representantes do povo.
Pois bem, estamos novamente discutindo os salários ou subsídios dos vereadores. Num momento em que o país vive uma situação econômica negativa, com contenção de despesas em todas as áreas e atividades, com corte de empregos nas empresas. O cidadão se contenta se tem a alimentação para a família. Entre os aposentados 70% recebem o salário mínimo, modelo que está sendo aplicado faz tempo e nem um partido que se dizia ser dos trabalhadores não mudou este quadro.
Enquanto isso muitos legislativos municipais estão na luta para aumentar os salários. O povo mais uma vez está totalmente contra tal atitude. Se a voz do povo é a voz de Deus, daria pra dizer que eles não ouvem Deus? Se usarmos da lógica para responder a pergunta, certamente temos que dizer que sim. E ainda dizem que o salário mínimo não é nada mas esquecem que 70% dos aposentados brasileiros vivem apenas com um salário mínimo.
Uma das colunas atrás das quais os legisladores se escondem é a porcentagem que é definida para ser repassada à câmara de vereadores. Estas regras atrapalham a administração eficiente dos municípios pois lhes impõe linhas que em muitos locais não deveriam ser seguidas para obter resultados significativos nas diversas áreas de atuação do poder público, muito necessitadas como a educação, a saúde, a segurança, a infraestrutura, sem considerar a ordem. Quando o município tem uma grande arrecadação e pequena área (pouca rodovia), população pequena, é muito diferente de um município com pequena arrecadação e grande área, com muitas praças, grande dimensão de rodovias. Neste último caso, que é o caso de Canoinhas, o direcionamento da arrecadação necessita ser em primeiro lugar para atender o público. Se fizermos um estudo da viabilidade econômica do município de Canoinhas certamente concluiremos que não é viável, teremos que depender permanentemente de verbas vindo do estado e da nação. Se lembrarmos das gestões dos prefeitos passados, os que conseguiram resolver os problemas dos buracos nas ruas da cidade são os que além de fazer uma boa gestão tinham facilidade de obter verbas estaduais.
Com tudo isso está aí novamente a discussão do salário dos vereadores, esquecendo que anos atrás já se discutia a mesma coisa. Esperamos que haja boa vontade de todos, população e poder público em realmente pensar no município, não como ocorreu em outra oportunidade em que o projeto foi preparado, engavetado e apenas votado em 22 de dezembro em duas seções consecutivas do mesmo dia, uma às 20:00 horas e outra às 22:00 horas do mesmo dia, totalmente ilegal e fora do que indica a lei orgânica municipal que diz que deve haver um interstício. Fica claro que o objetivo era evitar qualquer participação do povo pois nesta data, véspera de Natal, ninguém mais fica se preocupando com salário dos vereadores, menos eles, é claro.
Por último, será que devemos então, neste momento discutir o salário da próxima legislatura ou devemos antes solicitar a devolução dos salários recebidos indevidamente uma vez que a votação não seguiu os trâmites definidos em lei orgânica? Se aquele salário é ilegal, como é, todos os que o seguiram foram determinados a partir daquele, portanto, também ilegais.
A Câmara de Vereadores que mostrar que deu um passo em direção à população, a estas alturas, ficará na história e terá o respeito e admiração de um povo que não acredita mais.