Manchetes dos principais jornais desta quinta falam da batalha do Impeachment

O Globo

Manchete : Debandada na Câmara já eleva pressão no Senado

PSD de Kassab também orienta bancada a votar pela saída de Dilma

Oposição pressiona Renan Calheiros para que a votação ocorra ainda em abril; se impedimento for aprovado por deputados e autorizado por senadores, presidente será afastada por 180 dias

A debandada de partidos do governo continua a isolar ainda mais a presidente Dilma, levando integrantes do Planalto a já admitir derrota na votação de domingo na Câmara. Ontem foi a vez de o PSD do ministro Gilberto Kassab (Cidades) orientar a bancada a votar pelo impeachment, o que deve ser seguido por 30 dos 38 deputados. A oposição voltou suas baterias para o Senado e pressiona o presidente Renan Calheiros a acelerar o rito: quer que a votação para autorizar a abertura do processo ocorra ainda em abril. Se autorizada, a presidente é afastada por 180 dias, e o vice Michel Temer assume. Em entrevista, Dilma propôs um pacto caso o impeachment seja barrado. “Se eu perder, estou fora do baralho”, afirmou ela. (Pág. 3 a 5)

 

Temer já recebe romaria no Jaburu

Um carro a cada dois minutos. Foi esse o fluxo de entrada ontem à tarde no Jaburu, residência do vice Michel Temer, que articula apoios. (Pág. 6)

 

Ex-ministros de Dilma apoiam afastamento (Pág. 4)

 

Cunha deve obter maioria no Conselho

Após deixar seu partido, o PRB, o deputado Fausto Pinato (agora no PP) renunciou à vaga no Conselho de Ética da Câmara, o que deve dar ao presidente da Casa, Eduardo Cunha, maioria no colegiado. No lugar de Pinato, assumiu Tia Eron (PRB-BA), considerada aliada do peemedebista. Após sucessivas manobras, o processo contra Cunha já dura 163 dias, o mais longo da história do Conselho. (Pág. 14)

 

Cofres vazios no Rio – Sem salário, aposentados enfrentam penúria

A maioria dos aposentados e pensionistas do Rio, que ficarão sem salário este mês, já sofre com contas atrasadas e falta de dinheiro para gastos com saúde. O estado não pagará hoje a inativos que ganham acima de R$ 2 mil. Ontem, o secretário de Fazenda, Julio Bueno, previu um ano difícil: “Cada dia com sua agonia.” Desde 2015, a dívida do estado com fornecedores soma R$ 5,5 bilhões. (Págs. 15 e 16)

 

Mudança nos juros gera risco

Para analistas, as liminares obtidas por estados para pagar a dívida com a União por juros simples são um risco ao sistema financeiro e criam insegurança jurídica. (Pág. 26)

 

Comprovado: zika causa microcefalia

Cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA divulgaram ontem estudo estabelecendo a ligação direta entre o vírus zika e anomalias em fetos, como a microcefalia. (Pág. 18)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : PSD e PTB abandonam governo; Planalto admite situação crítica

Governo já tenta evitar derrota ‘humilhante’ na Câmara; Dilma promete ‘pacto’ se vencer e diz que, se perder, estará ‘fora do baralho’

O PSD, do ministro Gilberto Kassab, e o PTB aumentaram ontem o movimento de debandada do governo e aderiram oficialmente ao bloco pró-impeachment de Dilma Rousseff. Embora os dois partidos tenham dissidentes, devem somar pelo menos 45 votos. Presidente licenciado do PSD, Kassab informou que não deixará o Ministério das Cidades. O Planalto e líderes governistas no Congresso consideram que a situação se agravou de maneira drástica e, em conversas reservadas, reconhecem o momento crítico. Tudo está sendo feito, porém, para evitar uma “derrota humilhante” na Câmara. Segundo um auxiliar de Dilma, se isso ocorrer, será difícil reverter o cenário no Senado. A jornalistas, Dilma disse estar confiante numa vitória na votação do impeachment e prometeu propor um grande pacto nacional, inclusive com a participação da oposição, no dia seguinte à definição. A presidente disse que a crise política não pode deixar “vencidos nem vencedores”. Ao ser indagada se participaria de um pacto em caso de derrota, respondeu: “Se perder, estou fora do baralho”. (Política A4 e A6)

 

 

 

Renan já pensa em rito no Senado

Assessoria técnica prevê que, caso impeachment passe na Câmara, Senado possa votar até 11 de maio a instauração do processo, com o afastamento automático de Dilma.(Pág. A5)

 

Romaria à casa de Temer

Parlamentares de diversos partidos têm participado de reuniões na residência oficial de Michel Temer. O Palácio do Jaburu virou ponto de romaria de políticos e local de comícios pró-impeachment. “Teve até congestionamento para entrar, uma loucura”, disse um deputado do PMDB sobre o movimento de anteontem. (Pág. A10)

 

BC impede queda forte do dólar

Em dois dias, o BC fez operações de US$ 13 bilhões para impedir a queda do dólar. A intervenção ajudou empresas a desfazer apostas bilionárias no câmbio. (Economia B1 e B3)

 

Confirmado elo zika-microcefalia

Zika é mesmo causa de microcefalia. A conclusão do Centro de Prevenção e Controle de Doenças, dos EUA, está na revista New England Journal of Medicine. (Metrópole A18)

 

STF julga dia 27 cálculo da dívida dos Estados (Economia B4)

 

Cristina nega ter cometido fraude

Convocada a depor pela Justiça argentina, a ex-presidente Cristina Kirchner negou por escrito acusação de fraude. Depois, discursou diante do tribunal. (Internacional A14)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Com PSD, oposição afirma já ter votos para impeachment

Partido do ministro Kassab orienta deputados a votar contra a presidente Dilma no domingo (17)

Um dia após a maioria do PP anunciar a adesão ao impeachment, o PSD, do ministro Gilberto Kassab (Cidades), orientou sua bancada na Câmara a votar pela abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff. Em reunião na Casa, de 28 a 30 dos 38 deputados do PSD que devem votar se manifestaram contra a petista. A votação em plenário está prevista para domingo (17). A decisão faz a oposição contar 349 votos a favor do impedimento — são necessários pelo menos 342 de 513. Com o revés no PP e no PSD, membros do governo afirmam que, se houver uma vitória, ela será apertada. O Planalto calcula 180 deputados contra o impeachment. O processo é barrado com 172 votos ou abstenções. Se o pedido passar na Câmara, chega ao Senado, que decidirá o futuro de Dilma. O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), disse a aliados que, caso a presidente seja afastada, anunciará medidas para mostrar que não vê como passageira sua ascensão ao cargo. (Poder a4 e a7)

 

Se perder votação, serei carta fora do baralho, diz Dilma

A presidente Dilma afirmou a jornalistas que, se ganhar a votação do impeachment no Congresso, seu primeiro ato será uma proposta de “pacto e diálogo”, sem “vencidos nem vencedores”. Se perder, desistirá de um acordo, por se considerar carta “fora do baralho”. Sobre medidas para sair da crise, em caso de vitória, a petista declarou que será preciso aumentar tributos. Avisada de que poderá morar no Alvorada durante eventual análise do pedido de deposição no Senado, disse rindo: “Bom saber,não serei uma sem-teto”. (Poder a10)

 

Dólar volta a cair apesar de atuação do Banco Central

Mesmo com nova atuação agressiva do Banco Central, o dólar comercial recuou, atingindo nesta quarta (13) a menor cotação do ano, R$ 3,477. A queda se deve à percepção de investidores de que o impeachment de Dilma será aprovado, somada a otimismo com a economia chinesa. O Ibovespa fechou em alta de 2,21%. (Mercado a17)

 

Alckmin derruba resolução usada em ações contra gestão (Cotidiano B4)

 

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