Votação histórica na Câmara dos Deputados é destaque dos jornais

Jornais do dia destacam que até o último momento, governo e oposição buscam votos

17 de abril de 2016

O Globo

 

Manchete: Dilma e Temer negociam pessoalmente cada voto

Câmara começa hoje a decidir futuro da presidente 24 anos depois do afastamento de Collor e 13 anos após o PT chegar ao poder

Vinte e quatro anos depois do impeachment de Fernando Collor e 13 anos após o início da era PT, a Câmara começa hoje a decidir o destino da presidente Dilma Rousseff. Na véspera da votação do afastamento, com a disputa acirrada e de resultado imprevisível, Dilma e o vice-presidente Michel Temer cancelaram compromissos para se empenhar pessoalmente na busca por votos. A presidente recebeu deputados e telefonou para outros. Já o peemedebista voltou às pressas para Brasília, onde também se reuniu com indecisos. Caso aprovado, o processo irá para o Senado, que, se aceitá-lo, determinará o afastamento de Dilma por 180 dias. Por uma rede social, Temer disse ser uma “mentira rasteira” a acusação da petista de que ele acabaria com o Bolsa Família. (Pág. 3)

 

Nomeação ‘extra’ no Diário Oficial

À caça de votos contrários ao impeachment, o governo promoveu, de última hora, mudanças em ministérios e autarquias. Uma edição extra do Diário Oficial publicou 11 atos em que o governo desaloja apoiadores do impeachment e dá cargos a aliados. A oposição pediu à PF e ao MP que investigue o uso da máquina. (Pág. 4)

 

Foto-legenda: O campo de batalha

A um dia de se tornar cenário de um momento histórico para o país, o plenário da Câmara dos Deputados, ainda vazio, esteve aberto durante todo o sábado, inclusive de madrugada. Ao microfone, parlamentares se revezavam para defender suas posições contra e a favor do impeachment da presidente Dilma, que será votado hoje.

 

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O Estado de S. Paulo

Manchete: O destino de Dilma e do Brasil nas mãos da Câmara

Placar do Impeachment feito pelo Estado indicava à 0h30 que a oposição tinha os votos necessários para aprovar o andamento do processo; ontem, Temer acusou Dilma de usar ‘mentira rasteira’ ao afirmar que ele cortaria programas sociais

Grupo de 8 deputados veteranos prepara, há um ano, o impeachment (Política /Pág. A12)

 

Dilma considera que seu maior erro foi demorar a reagir (Política/Pág. A14)

 

Manifestações pró e contra governo ocorrem em todo o País (Política/Pág. A5)

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Folha de S. Paulo

 

Manchete: Com maioria contrária a Dilma, Câmara vota hoje impeachment

Pela segunda vez desde a redemocratização, a partir das 14h deste domingo (17), a Câmara dos Deputados decidirá o impeachment de um presidente da República. Dilma Vana Rousseff, primeira mulher eleita para o cargo no país, chega em situação difícil à sessão crucial, na qual são necessários 342 votos favoráveis para que o processo avance. Na véspera da definição,governo e oposição diziam ter apoio suficiente para vencer. Na última semana, a debandada de siglas antes aliadas da situação, como o PP e o PSD, acentuou o isolamento da presidente. Levantamento da Folha até encerrar-se esta edição indica que, dos 513 deputados, 347 defendem o impeachment e 130 são contra. Em caso de derrota de Dilma, caberá à maioria simples do Senado decidir se a presidente será afastada por até 180 dias. Nessa hipótese, assumiria o vice, Michel Temer, e os senadores se incumbiriam do julgamento final da mandatária petista. Na manhã deste sábado (16), Temer viajou a Brasília quando soube que o governo havia convencido parlamentares a mudar de posição. O vice rebateu a fala da presidente sobre corte de programas sociais. “Mentira rasteira. Manterei os benefícios”, afirmou. Para dedicar-se a buscar votos contra o impeachment, Dilma cancelou participação em ato de grupos de esquerda. (Poder A4)

 

7 pecados da presidente

Além das derrotas impostas pelos adversários, Dilma e o PT de Lula construíram aos poucos os erros que levaram à ruína sobre a qual se debatem, analisa Igor Gielow. Dos sete pecados, o mais cometido é a soberba, que permeia os demais. O temperamento da presidente cobra preço alto. Já a ruína econômica não é admitida por preguiça. (Poder A18)

 

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