Elsio Antônio Crestani é acusado de crimes de peculato quando coordenador do Procon e da Secretaria de Agricultura de Canoinhas nos anos de 2001 e 2002
O ex-servidor da Prefeitura de Canoinhas, Elsio Antônio Crestani, foi preso na manhã desta sexta-feira, 6, na cidade de Tapejaras, região noroeste do Rio Grande do Sul. Ele foi condenado em 2009 pela Justiça da Comarca de Canoinhas a cumprir uma pena de cinco anos, oito meses e 24 dias de reclusão em regime semiaberto pela prática do crime de peculato, relacionados ao uso do cargo público para alcançar benefícios ilegais.
Segundo o processo, descrito em reportagem do Portal de Canoinhas, nos anos de 2001 e 2002 quando exercia o cargo comissionado de coordenador do Procon de Canoinhas, Crestani lesou várias pessoas, se apropriando indevidamente de dinheiro das vítimas com a promessa de resolver pendências financeiras. Crestani também atuava junto à Secretária de Agricultura de Canoinhas, e também se apropriou do dinheiro de agricultores que procuravam a prefeitura para comprar mudas de árvores frutíferas ou alevinos de peixes. ”Ficou claro durante a instrução que as vítimas apenas entregavam o dinheiro porque o réu agia na condição de preposto do Município, atuando tanto na Coordenadoria do Procon como na Secretária da Agricultura. Contudo, o acusado se apropriava dos valores, não entregava as árvores/alevinos e não resolvia as pendências financeiras das vítimas”, anotou o juiz na sentença.
Em função das denúncias, o prefeito da época, Orlando Krautler, decidiu afastar Crestani das suas funções e um processo administrativo foi instaurado para apurar o caso. O processo concluiu que o servidor realmente estava usando indevidamente a a sua função pública e, por esse motivo, Crestani acabou sendo exonerado por justa causa.
Segundo o delegado regional de Canoinhas, André Cembranelli, o mandado de prisão foi emitido em 2010, mas como Crestani fugiu logo após a sentença, somente agora é que foi descoberto seu paradeiro. O delegado obteve a informação na terça-feira, 3, e entrou em contato com a Polícia Civil de Tapejaras, que cumpriu o mandado nesta sexta.
Ainda de acordo com o delegado, mesmo condenado, Crestani trabalhou em empresas gaúchas e, no momento, estava aposentado. Ele pode, agora, pleitar que cumpra a pena em um Presídio de Getúlio Vargas (RS), a fim de ficar mais próximo da família, que mora em Tapejaras. A princípio, no entanto, ele deve cumprir pena em Canoinhas.