Acusado de matar professora queria forçar relacionamento

José Carlos Gonçalves de Oliveira foi preso na quarta-feira, 25, em Brasília

 

Do Caçador Online

 

O delegado da Comarca de Caçador, Eduardo Mattos, divulgou nesta sexta-feira, 27, detalhes do assassinato da professora Vanderleia Birnfeld, 42 anos. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa na delegacia. De acordo com Mattos, o acusado do crime, José Carlos Gonçalves de Oliveira, 59 anos, é ex-namorado de Vanderleia e a matou porque não aceitava o fim do relacionamento.

José Carlos foi preso na quarta-feira, 25, em Brasília. Ele confessou o crime e contou à polícia que tinha abandonado o corpo às margens de uma estrada no interior de Calmon. Vanderlei tinha vários cortes pelo corpo e quatro tiros na cabeça.

“Desde o dia seguinte ao desaparecimento já tínhamos o mandado de prisão do José Carlos, mas ele viajou de carro até Brasília, depois foi de avião até Maceió, Natal e Porto Alegre. Viajou 8600 km em 36 horas tentando despistar a polícia. Prendemos ele quando retornou à Brasília. Acreditamos que ele tinha planos de fugir para a Europa”, disse o delegado.

 

PROVAS

De acordo com Mattos, no mesmo dia em que Vanderleia desapareceu, familiares dela ligaram para José Carlos. O ex-namorado disse estar em Brasília e fingiu não saber de nada.

Mas a polícia conseguiu provas de que ele esteve em Caçador no dia do crime. O homem tentou alugar um carro na cidade.

Além disso, duas testemunhas disseram ter visto uma mulher sendo agredida no estacionamento do mercado onde o carro da professora foi encontrado.

 

O CRIME

Segundo informou o delegado, José Carlos queria levar Vanderleia com ele até Brasília. A polícia acredita que ao passar no posto da Polícia Rodoviária Estadual em Calmon, a professora tentou reagir, na tentativa de ser vista no carro de José Carlos.

Foi aí que o ex-namorado teria desferido os primeiros golpes com um canivete. Logo em seguida ele acessou uma estrada secundária e executou Vanderleia com quatro tiros na cabeça, abandonando o corpo no mato e seguindo viagem.

 

FITAS E SANGUE

A Polícia de Caçador deslocou uma equipe com três policiais à Brasília para prender José Carlos. Foram dois dias de campana até a abordagem e a prisão. Na garagem da casa dele estava o carro em que Vanderleia havia sido morta havia vestígios de sangue e fitas. Foi nesse momento que ele confessou o crime.

 

PRESÍDIO

A polícia não soube precisar a data em que Vanderleia e José Carlos começaram a sair, nem quando o relacionamento acabou.

Os dois se conheceram no presídio regional de Caçador. Vanderleia dava aulas de informática no local. José Carlos também trabalhava no ramo de informática e teria visitado o local para conhecer o laboratório e os computadores utilizados.

Em princípio José Carlos ficará preso em Brasília. Mas a polícia não descarta trazê-lo a Caçador, caso seja solicitado pelo Poder Judiciário.

 

VANDERLEIA

Vanderleia Aparecida Birnfeld, 42 anos, deixou um filho de 22 anos e um neto pequeno. Ela era divorciada do primeiro marido e morava com o filho, a nora e o neto. Os pais da professora moram em Catanduvas.

 

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