Confira as principais notícias no país nesta quarta

O Globo

Manchete : Delação de Odebrecht e OAS na Lava-Jato avança

STF homologa acordo de colaboração com filho de Sérgio Machado

Empreiteiros serão ouvidos e, após essa fase, podem ter cooperação confirmada; Expedito Machado promete revelar caminho do dinheiro desviado da Transpetro por integrantes da cúpula do PMDB

A Odebrecht assinou com a Lava- Jato um termo que dá início formal às negociações de delação premiada. Compromisso semelhante já havia sido firmado com a OAS, mas só agora foi conhecido. Executivos das duas empresas, entre eles os ex-presidentes Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, falarão, por exemplo, sobre as obras no tríplex e no sítio usados pelo ex-presidente Lula. Expedito Machado Neto, filho do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, teve a delação homologada pelo STF, assim como a do pai. Sócio de um fundo de investimento em Londres, ele deve revelar a movimentação financeira da cúpula do PMDB. (Págs. 3 e 4)

Maranhão faz nova manobra para tentar salvar Cunha

Relator no Conselho de Ética pede a cassação do presidente afastado

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), tenta mudar as regras da votação que pode decidir o destino do presidente afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no plenário. Para deputados, trata-se de tentativa de salvá-lo. O relator do caso no Conselho de Ética, Marcos Rogério (DEM-RO), pediu a cassação de Cunha. (Pág. 8)

PF indicia presidente do Bradesco

A PF indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outras nove pessoas investigadas pela Operação Zelotes, que apura negociações para compra de sentenças no Carf, espécie de tribunal administrativo da Receita. A PF cita cinco crimes: corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O Bradesco nega ter participado do esquema. As ações do banco caíram 5%. (Pág. 19)

Estupro terá pena mais severa

Após o abuso sofrido pela adolescente de 16 anos no Rio, o Senado aprovou ontem, em prazo recorde, projeto que tipifica o estupro coletivo e agrava a pena do crime em até dois terços. A punição máxima, hoje de 15 anos de prisão, chegará a 25 anos para estupro coletivo. (Pág. 9)

Rombo fiscal atinge 18 estados

Dezoito estados gastaram mais do que arrecadaram nos últimos 12 meses. No Rio, o déficit alcançou R$ 4,2 bilhões. A agência S&P rebaixou a nota do Estado do Rio. (Pág. 21)

Desemprego sobe para 11,2%

A taxa de desemprego bateu novo recorde em abril, quando alcançou 11,2%, com 11,4 milhões de brasileiros em busca de uma vaga. Há um ano, a taxa era de 8%. (Pág. 22)

OEA convoca reunião urgente sobre venezuela

Venezuelanos enfrentam fila para tentar comprar produtos básicos num supermercado em Caracas. O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, invocou
a Carta Democrática e pediu uma reunião de emergência para avaliar a situação no país, que poderá ser até suspenso da organização. (Pág. 23)


O Estado de S. Paulo

Manchete : PF indicia presidente do Bradesco e mais 9 na Zelotes

Banco nega as acusações; ações caíram 5% e o valor de mercado despencou R$ 6 bilhões em um dia

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito da Operação Zelotes que apura compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para reduzir ou eliminar débitos com a Receita Federal. Outras nove pessoas também foram indiciadas, incluindo dois executivos do banco. As informações foram antecipadas pela Coluna do Estadão na internet. Segundo o Ministério Público Federal, Trabuco foi indiciado por corrupção ativa. Relatório da PF aponta que grupo investigado por corromper integrantes do Carf tratou com o Bradesco de “contrato” para anular débito de R$ 3 bilhões com a Receita. Em nota, o banco negou ter contratado lobistas. O MPF decidirá se apresenta denúncia ou arquiva o processo. O indiciamento fez ações do Bradesco caírem 5% na Bovespa e em Nova York e a instituição perder R$ 6 bilhões em valor de mercado. (Economia B1 e B4)

Odebrecht formaliza pré-acordo de delação

A Odebrecht assinou acordo de confidencialidade com a Operação Lava Jato. É o primeiro passo para eventuais acordos de leniência da empresa e de delação premiada de Marcelo Odebrecht e executivos do grupo. Investigadores acreditam que eles poderão detalhar financiamentos de campanha, incluindo a de Dilma Rousseff, e tráfico de influência supostamente praticado pelo ex-presidente Lula. (Política A4)

Por apoio do PSDB, Temer nomeia Aloysio líder no Senado

O presidente em exercício, Michel Temer, indicou Aloysio Nunes (PSDB-SP) para líder do governo no Senado. O objetivo da nomeação foi amarrar o partido à base aliada. Em vídeo nas redes sociais, Aloysio disseque aceitou o convite para “evitar um grande mal”: “Não quero que Dilma volte. Não quero que o PT volte”. (Política A6)

Presidente da Câmara manobra para salvar Cunha

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), fez consulta à Comissão de Constituição e Justiça que pode mudar o rito de votação do processo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Parecer do relator do caso no Conselho de Ética pede a cassação do deputado. (A9)

Segurança presidencial

Após série de manifestações diante da casa do presidente em exercício Michel Temer em São Paulo, a segurança da Presidência restringiu o acesso à praça que fica em frente ao imóvel, no Alto de Pinheiros, e instalou grades com
o símbolo do Planalto no local. A decisão foi tomada porque a família de Temer estava assustada. (Política A7)

‘Pílula do câncer’ tem efeito nulo em teste com cobaias

Estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mostra que a fosfoetanolamina sintética não apresentou atividade em dois tipos de câncer em cobaias. Cientistas, no entanto,dizem que isso não significa que a substância não possa atuar contra certos tipos de tumores. (Metrópole A15)

Pena maior para estupro avança

Senadores aprovaram projeto que eleva em um terço a dois terços a pena para estupro coletivo, prevê até 30 anos de prisão e criminaliza divulgação na web. (Metrópole A12)

 


Folha de S. Paulo

Manchete : Aliado volta a manobrar para tentar salvar Cunha

Interino da Câmara acionou CCJ, que pode mudar regra e impedir cassação

Em nova tentativa de evitar a cassação de Eduardo Cunha, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), fez consultas que podem mudar regras de ações por quebra de decoro. Cunha foi afastado da chefia da Casa pelo Supremo sob acusação de obstruir a Lava Jato e o processo parlamentar que pode destituí- lo. Nesta terça (31), Marcos Rogério (DEM-RO) entregou ao Conselho de Ética da Câmara relatório sugerindo que Cunha tenha o mandato cassado por ter mentido à CPI da Petrobras ao declarar não ter contas no exterior. Cunha nega as acusações e afirma que o colegiado tem cometido sucessivas irregularidades em seu processo. Maranhão, aliado do presidente afastado, consultou a Comissão de Constituição e Justiça, delegando a ela a prerrogativa demudar as regras de ações de cassação. Hoje, se o Conselho de Ética recomendar uma pena mais branda do que a perda do mandato e o plenário rejeitá- la, o pedido de cassação precisa ser votado. Um dos objetivos de Maranhão é fazer com que a CCJ modifique essa norma. A consulta será relatada por Arthur Lira (PP-AL), que também é ligado a Cunha. Caso o parecer do Conselho de Ética favorável à cassação chegue ao plenário, Cunha perderá o cargo se 257 de seus 512 colegas votarem nesse sentido. (Poder a4)

Plano de Temer para mulheres é alvo de críticas

Sem prazo para entrar em vigor, sem custo estimado e com uma série de medidas requentadas, o plano de enfrentamento à violência contra a mulher lançado pelo presidente interino Michel Temer na terça (31) foi criticado por especialistas. A iniciativa ocorre após a repercussão do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos. Ela deve mudar de nome e de cidade. (Cotidiano B1)

STF mantém 138 investigações em alto grau de sigilo

O Supremo Tribunal Federal mantém desde o início da Lava Jato 138 procedimentos ocultos, aqueles classificados como mais alto grau de sigilo para apurações implicando autoridades. São 16 inquéritos e 122 petições. O STF ainda não pôs em prática resolução já editada que colocou fim ao uso da classificação oculta para a tramitação de ações que envolvem autoridades. (Poder a5)

Polícia indicia presidente do Bradesco; ações do banco caem

A PF indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, e outras nove pessoas na Operação Zelotes. A investigação apura suspeitas de corrupção e de lavagem de dinheiro. A suspeita é que o banco tenha negociado com escritório acusado de vender facilidades no órgão que julga recursos de multas na Receita. O Bradesco diz que executivos foram procurados pelo escritório, mas que nenhum acordo foi firmado e que seu recurso foi derrotado por 6 a 0 na Receita. As ações do banco caíram 5%. (Mercado a10)

IBGE registra recorde de 11,2% de desemprego

A taxa de desemprego entre fevereiro e abril atingiu 11,2%, valor recorde na série histórica da Pnad Contínua, do IBGE, iniciada em 2012. O número de desocupados chegou a 11,4 milhões — alta de 42,1% em relação ao mesmo período de 2015. Os resultados refletem a redução de postos e o aumento da procura por vagas. “A cada pessoa que perdeu o emprego, duas entraram na fila por um”, afirma técnico do IBGE. (Mercado a13)

Chefe da OEA convoca ação contra Venezuela

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, evocou a Carta Democrática Interamericana para discutir a Venezuela, o que pode levar à suspensão do país do grupo. O Brasil não endossa a ação. Em resposta, o presidente Nicolás Maduro sugeriu que Almagro “enrole a Carta em um tubinho e lhe dê um melhor uso”. (Mundo a8)

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