“Enquanto a turba reclama sob o sol, as sombras se reúnem e decidem o futuro da nação”. Elmo
O velho dilema é por demais conhecido no Brasil; acontece que enquanto se fala sobre renovação de lideranças, de atitudes, de estratégias de ação, de novos rumos para a nação, na sala ao lado, os pretensos perpétuos detentores do poder se articulam intensamente em busca de formas de conter essas ondas, esses ventos, esse incomodativo arejamento que carregam mudanças efetivas para todos.
O antigo hábito é historicamente monárquico, pois toda corte que se preze não admite interferências plebeias na sua longa trajetória no exercício do poder; tão verdade que as leis que regem os processos eleitorais nacionais carregam, em sua essência, essa carga, pois em pleno século XXI, há ainda uma forma de eternização na política nacional, ou seja, representantes do povo que sempre utilizam, incessantemente, o mecanismo legal da reeleição. Renovação? Onde? Quem? Por quê?Para quê? Está bom assim!
O conflito renovaçãoxcontinuidade tem sido vencido pela 2ª. opção com os mesmos discursos surrados, com as mesmas promessas quase todas vãs, com as mesmas atitudes de arrogância e prepotência após o embate eleitoral, com os mesmos acordos pré-eleitorais, com os mesmos trens de distribuição de cargos, com o mesmo sumiço após a vitória eleitoral, enfim, com uma “mesmice” que deixa o eleitor consciente pasmado, senão com vontade de chorar.
O problema está que sem alternância de poder nunca se poderá saber e avaliar o que os outros, geralmente os concorrentes, podem fazer para o bem comum; aliás, o eleitor é o mais prejudicado com a atitude de manter tudo como está, para não ser incomodado, para não se envolver, porém, tal omissão tem um alto custo para a população mais carente em todos os setores, especialmente na educação, na saúde, na infraestrutura e na segurança.
O que se vê, no Brasil de hoje, é o estrago que a longa permanência no poder de vários mandatários causou para a nação e o quanto represou o seu pleno desenvolvimento, porque, quando alguém, no exercício do poder, age como donatário de capitania hereditária, sem limitações e controles, sem obediência às leis vigentes, a população se sente acuada e temerosa de expressar sua indignação e revolta diante das flagrantes injustiças, e a democracia deixa de ser exercida em plenitude, bem como a livre iniciativa e a liberdade de expressão. A preocupação com o “suposto e amado” líder é que, enquanto apregoa sensibilidade e preocupação com os mais carentes, na calada da noite, sufoca lideranças ascendentes. Dúvida maior ainda é com a máscara que usa, com a personagem que representa e com a hipocrisia demonstrada na sua crescente inépcia; não será um Castro, um Chaves, um Stalin, ou um fanático bolivariano disfarçado de brasileiro? É para esse “modelo” de líder que depositamos nossos votos?
A foto estampa os três principais candidatos às eleições deste ano.