Gerente ambiental culpa “despreparo” de PMs por ocorrência

Gildo Hoffmann teve de ser internado depois de ser atingido por um tiro de borracha disparado por policiais militares

 

O gerente regional de Desenvolvimento Ambiental de Mafra, Gildo Hoffmann, culpou o “despreparo” dos policiais militares que o deteram na noite desta quarta-feira, 31, como o motivo para ele ter saído ferido da ocorrência.

Segundo a Polícia Militar, uma viatura fazia rondas pela avenida Rubens Ribeiro da Silva, distrito do Campo d’Água Verde, quando pediu que ele descesse do Palio que estava estacionado para averiguação.

Hoffmann teria discutido com os policiais e saído em alta velocidade, sendo acompanhado pela PM. Ainda de acordo com a PM, o condutor pulou as lombadas e fez ultrapassagens perigosas, colocando em risco a segurança dos demais motoristas.

Mesmo com sinais luminosos e sonoros, o condutor não obedeceu a ordem de parada e continuou com a fuga desgovernada pela BR-280. Nas proximidades do trevo de acesso à cidade de Três Barras ele encostou o veículo e fez uma manobra de retorno perigosa, entrando em uma propriedade às margens da rodovia. No momento da fuga, teria colidido contra um portão, parando somente em um segundo portão. Foi dada novamente ordem para que o condutor saísse do carro e colocasse as mãos na cabeça. Segundo a PM, ele desobedeceu a ordem e se apresentando como policial, esboçou reação e continuou vindo pra cima da equipe da PM, momento em que foi efetuado um disparo com o dispositivo eletrônico não letal de controle, mais conhecida como pistola taser. Mesmo com o choque, Hoffmann teria continuado a investir contra os policiais militares, ainda de acordo com a PM. Por isso, segundo os PMs, foi disparado um tiro de borracha que atingiu a mão esquerda de Hoffmann, cessando a agressão.

 

CONTRAPONTO

Segundo Hoffmann, ele estava estacionado falando ao celular quando os policiais o abordaram de forma bastante brusca. Com a rispidez da abordagem, Hoffmann diz que revidou as agressões verbais e deixou o local. Segundo Hoffmann, ele só percebeu que estava sendo seguido pela viatura quando abriu o segundo portão que dá acesso à sua propriedade. Ele negou que tenha colidido contra o primeiro portão.

Segundo Hoffmann, ele já estava fora do carro quando foi abordado pelos policiais no segundo portão, que ele havia acabado de abrir. Ainda de acordo com ele, a policial que o abordou primeiro disparou o tiro de borracha que atingiu sua mão. Depois, usou a taser.

Hoffmann diz que o carro era da Fatma, autarquia na qual trabalha. Ele, ainda, usava uma camiseta da instituição, o que, para ele, injustifica a suspeita levantada pelos policiais de que ele seria uma pessoa que pudesse estar cometendo algum delito. Ele disse que se recusou a fazer o teste do bafômetro porque estava muito transtornado, mas nega que tenha ingerido bebida alcoólica. Ele nega, também, que tivesse uma arma no carro.

Hoffmann foi conduzido ao Pronto Atendimento em virtude da lesão ocasionada na sua mão. Ele diz que teve os ossos da mão esquerda esfacelados e terá de usar tipoia por três meses.”Não sei se tomarei alguma providência”, afirma quando perguntado sobre sua atitude em relação aos policiais que o deteram.

 

 

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