Vereador criticou atitude do governo municipal e disse que população está sendo penalizada pelo resultado das urnas
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoinhas enviou nota no começo da tarde desta quinta-feira, 13, negando informações dadas pelo vereador Paulo Glinski (PSD) na sessão desta terça-feira, 11, da Câmara.
Glinski disse que “as pessoas têm sido informadas de que alguns serviços de saúde deixaram de ser oferecidos e que só voltarão ao normal no próximo mandato”, repudiou.
Segundo ele, atitudes como essa mostram que a população está sendo penalizada em virtude do resultado das urnas. “Até esses dias vendiam esse governo como sendo o melhor do mundo. E agora, o que aconteceu? Quer dizer que perderam a eleição e não tem mais nada? A saúde não pode esperar”, observou.
Glinski pediu que a Câmara faça levantamento das reclamações já trazidas aos vereadores e também sobre as postadas recentemente nas redes sociais, para que então depois possa protocolar denúncias no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público.
Leia abaixo a nota do Executivo, na íntegra:
“Diante de informações desencontradas acerca dos exames e consultas médicas via convênio Cisamurc, medicamentos, fraldas, seringas para aplicação de insulinas, assim como demais materiais requisitados por usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas vem a público informar que em nenhum momento a ordem efetuada foi a de que os serviços seriam parados até o início de janeiro de 2017. Na ausência do Governo do Estado cumprir com suas obrigações (desde março não há novos repasses do governo do estado na assistência farmacêutica, saúde bucal e atenção básica) o município tem assumido para não deixar a população desassistida. Ocorre que mesmo investindo em saúde muito acima dos 15% exigidos pela Constituição Federal, os recursos municipais são finitos e por isso a necessidade de priorizar apenas as ações de responsabilidade do município. Convém esclarecer que a suspensão das liberações via Cisamurc ocorre apenas para aqueles casos de pacientes em que o tratamento se configura como eletivo, já os pacientes que o médico deixa clara a situação no pedido ou em triagem mediante critérios que se caracteriza como urgência, continuam sendo liberados normalmente.
Quanto aos exames, esses são definidos por meio de cotas via Programação Pactuada e Integrada (PPI), ou seja, são calculados via o número per capita da população residente no município, sendo o seu resultado o total dos exames a serem liberados pelo SUS. Ocorre que muitas vezes as liberações são menores que a demanda de pedidos no município, por isso o município libera via Cisamurc, custeado com recursos ordinários.”