19 de novembro de 2016
O Globo
Manchete : Lava-Jato: esquema de Cabral irrigou PMDB do Rio
Em e-mail, operador do grupo indica contas do partido a empreiteira
Delatora da Carioca Engenharia também relatou pagamentos em espécie a assessor do ex-governador que está preso; repasses ilegais aos acusados que seriam chefiados por Cabral somam R$ 28 milhões
E-mail apreendido pela Operação Calicute, que prendeu Sérgio Cabral, mostra que Carlos Miranda, operador do ex-governador, indicou contas do PMDB para que a Carioca Engenharia depositasse propina em forma de doação eleitoral em 2010. Dias depois, foram transferidos R$ 300 mil ao partido. Em delação, uma executiva da empreiteira contou que entregava dinheiro em espécie a Miranda. Delatores relataram repasses de R$ 28 milhões ao grupo político. (Pág. 3)
Dinheiro desviado pagaria 11 UPAs por 1 ano
Os R$ 224 milhões que teriam sido desviados pelo esquema de Cabral dariam para manter 16 restaurantes populares por quatro anos e 11 UPAs por um ano. (Pág.17)
Petrobras recebe de volta R$ 204 milhões (Pág. 7)
Garotinho deixará Bangu e pode ficar em prisão domiciliar
O TSE determinou a transferência do ex-governador Garotinho da ala médica do complexo de Bangu para um hospital e, depois, para prisão domiciliar. (Pág. 6)
Começa a troca de posto
O prefeito Eduardo Paes e o eleito, Marcelo Crivella, se reuniram por mais de três horas ontem, no Palácio da Cidade, dando início à transição. Pelo lado de Crivella, estará à frente da mudança Luiz Alfredo Salomão, ex-secretário de Obras de Brizola. (Pág. 20)
Jorge Bastos Moreno
Renan pode virar réu no STF até o fim do ano
EXCLUSIVO
Antes do recesso de fim de ano, o STF vai analisar a mais antiga denúncia na Corte contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, que poderá transformá-lo em réu. Ele é acusado de ter despesas de uma filha pagas por empreiteira. O STF também poderá analisar logo o caso de outro político importante. Pág. 3)
Calero sai, Freire assume Cultura
Mudança no Ministério
Presidente do PPS, Roberto Freire assumirá o Ministério da Cultura com a saída de Marcelo Calero, que pediu demissão após desavenças com o ministro Geddel Vieira Lima. (Pág. 9)
Socorro a estados deve ter etapas
A União deve socorrer estados com plano que fiscaliza metas e libera recursos aos poucos. O ministro Padilha disse que serão usados US$ 100 bi que o BNDES devolverá à União. A Fazenda resiste. (Pág. 25)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Vaquejada e brigas derrubam ministro; Freire assume Cultura
Impasse sobre evento rural foi gota d’água para Marcelo Calero deixar o cargo
Marcelo Calero deixou ontem o cargo de ministro da Justiça e será substituído pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). A justificativa oficial é de que ele saiu por divergências com integrantes do governo. Também vinha reclamando de falta de verba. Segundo o blog da Coluna do Estadão, a gota d’água foi o impasse em torno do projeto aprovado no Senado semana passada que dá à vaquejada status de manifestação da cultura nacional e a eleva a patrimônio imaterial do Brasil.
Com relatório do Iphan em mãos, o ministro chegou a pedir a Michel Temer que vetasse a lei. Mas encontrou resistência de ministros próximos ao presidente. Surpreso com o convite, Freire disse que continuará o trabalho de Calero. “O governo Temer é de ponderação, diálogo.” (Caderno 2/Págs. C1 e C10)
Por verbas, Estados apoiam nova Previdência
Governadores vão apresentar um pacote de socorro à previdência dos Estados. O plano inclui apoio a uma ampla reforma da Previdência, que trate não apenas do INSS, mas inclua também os casos estaduais. Para isso, eles pedem uma contrapartida: querem que a União aceite comprar ativos dos Estados para que, nos próximos dois a três anos, possam receber cerca de R$ 150 bilhões para tirar suas previdências do vermelho. (Economia/Págs. B1 a B4)
‘Receber salário indevido também é corrupção’
Entrevista : Kátia Abreu, senadora
Relatora da comissão que fará pente-fino em supersalários, a senadora Kátia Abreu (PMDB-To) defende que é preciso enfrentar o corporativismo do Judiciário e desmanchar permissões do Conselho Nacional de Justiça que garantem aumentos em cascata a magistrados toda vez que há reajuste de salário de ministros do STF, mas sem “fulanizar” o tema para evitar “guerra entre Poderes”. “Receber salário indevido também é corrupção”, disse. (Política/Pág. A4)
Cabral passa por cadeia que inaugurou
Vida em Bangu
Ao ser preso pela PF, o ex-governador Sérgio Cabral chorou. Na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Bangu, inaugurada por ele em 2011, teve o cabelo cortado, recebeu camiseta verde, calça azul e chinelo. Já o ex-governador Anthony Garotinho será levado para um hospital comum. (Política/Pág. A10)
Volks prevê corte de 5 mil empregos no País até 2020
A direção mundial da Volkswagen anunciou plano para eliminar 30 mil empregos em todo o mundo. Somente na Alemanha, onde emprega 120 mil pessoas, serão 23 mil cortes, a maioria por meio de aposentadorias e não substituição de funcionários que deixarem a empresa. A Volkswagen do Brasil informou que estão previstos 5 mil desligamentos nas quatro fábricas locais e 2 mil na filial argentina até 2020. (Economia/Pág. B11)
Trump chama nomes avessos a imigrantes
Presidente eleito dos EUA, Donald Trump convidou ultraconservadores para cargos de segurança nacional em seu governo. (Internacional/Pág. A12)
Lava Jato devolve R$ 204 mi à Petrobrás (Política/Pág. A5)
Lula processa Moro por abuso de autoridade (Política/Pág. A6)
Sem vacina, OMS encerra emergência por zika (Metrópole/Pág. A18)
Toffoli autoriza e Renan vira alvo do 12° inquérito no STF
O ministro Dias Toffoli, do STF, autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O pedido foi encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base em movimentação financeira de R$ 5,7 milhões, considerada incompatível com a renda do senador. Com isso, Renan é oficialmente investigado em 12 casos e já há denúncia oferecida em um deles. (Política/Pág. A5)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Ministro acusa homem forte de Temer ao deixar Cultura
Calero diz à Folha que se demitiu após Geddel Vieira Lima pressioná-lo a liberar obra de seu interesse
O ministro demissionário Marcelo Calero (Cultura) acusa o ex-colega Geddel Vieira Lima (Governo) de pressioná-lo a produzir parecer técnico favorável a seus interesses pessoais, informam Natuza Nery e Paulo Gama.
Calero disse que o articulador político do governo Temer (PMDB) o procurou para que o Iphan, órgão subordinado à Cultura, aprovasse projeto imobiliário perto de área tombada em Salvador, base política de Geddel.
De acordo com Calero — o quinto ministro a deixar o cargo desde que Temer assumiu a Presidência há seis meses, no lugar de Dilma Rousseff —, Geddel o contatou por telefone ou pessoalmente ao menos cinco vezes.
Geddel afirmou, segundo o agora ex-ministro, ter apartamento no empreendimento que dependia de aval federal para sair do papel. Calero disse que Geddel foi assertivo no contato, mas que ele tergiversou e não cedeu.
“Entendi que tinha contrariado de maneira contundente um interesse máximo de um dos homens fortes do governo”, afirmou Calero. O deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) assumirá seu lugar na Cultura. (Poder A6)
Patrimônio da mulher de Cabral cresceu dez vezes entre 2005 e 2015
O patrimônio da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo multiplicou-se por dez após os mandatos do marido, Sérgio Cabral (PMDB).
Ela declarou R$ 1,9 milhão em bens em 2005 e R$ 21,7 milhões em 2015. A Procuradoria suspeita que seu escritório tenha ocultado propina do esquema de Cabral. A defesa do casal não comentou. (Poder A9)
TSE determina que Garotinho deixe a prisão de Bangu e volte ao hospital. (Poder A8)
BB deixa de apoiar Sauber, e futuro de Felipe Nasr na F-l está em risco (Esporte Pág.3)