Confira no Preto no Branco o que há de verdade e exagero nos programas
Beto Faria (PMDB) voltou a citar a pesquisa encomendada por sua coligação que o coloca à frente na preferência do eleitor canoinhense. Na sequência fez uma série de promessas. No Bairro Industrial 1 prometeu a construção de um Centro de Educação Infantil. Para o Cristo Rei e na Cohab 1, prometeu uma academia de ginástica ao ar livre, mais um parquinho na Cohab 1.
Em 2017, disse que inaugura o novo prédio da escola Frei Fabiano Gadzinski, que está em obras.
Prometeu, também, pavimentações das ruas Antonio Liller e da continuidade da Henrique Sorg, por dentro da empresa Lavrasul, além da rua Willibaldo Hoffmann, demais etapas da Bernardo Olsen, José Schmitt e Januário Corte.
Falou que mais áreas serão legalizadas em Canoinhas, um dos poucos selecionados no Brasil pelo programa Papel Passado de urbanização e regularização fundiária.
Para o Alto da Tijuca prometeu inaugurar a Unidade básica de saúde já construída. Prometeu, ainda, pavimentar todas as ruas da Cohab 4. “Já recuperamos outras Cohabs”, registrou.
Prometeu também um centro esportivo no Jardim Esperança com academia de ginástica ao ar livre, esgoto no Jardim e Alto da Tijuca e distribuição e regulamentação de lotes do Serrajão.
Beto Passos (PSD) falou sobre planejamento. Prometeu reestruturar a Secretaria de Planejamento. “Passa por melhorar a estrutura e colocar mais profissionais que façam projetos viáveis e estendam todas as melhorarias para toda a cidade”. Voltou a prometer novo parque industrial e busca de recursos para pavimentação de ruas importantes para a economia local.
Prometeu projeto para padronizar as calçadas e embelezar o calçadão. “Hoje temos calçadas quebradas e danificadas. O calçadão está abandonado. Nosso compromisso é para que as famílias sintam orgulho de passear pelo centro. Hoje há distanciamento da população do centro, perde o comércio”, disse. Prometeu alargamento e empedramento das ruas do interior, além de aterros que necessitam serem feitos para melhorar a trafegabilidade, segundo ele. “Outra ideia é sinalizar o interior com placas indicando as comunidades e quilometragem para chegar lá. Vamos discutir com a população o planejamento da cidade”, garantiu.
Vamos aos fatos. Faria fez uma série de promessas plenamente cumpríveis. Aliás, o CEI do Alto do Frigorífico é promessa de seu antecessor Leoberto Weinert. Já o posto de saúde do Alto da Tijuca está pronto. Não se entende porque ainda não foi inaugurado. Sobre pavimentar todas as ruas da Cohab 4, soa bastante ousada, mas não impossível. Vale lembrar que o candidato tem instalado placas em várias ruas da cidade anunciando pavimentação e, de fato, pouca coisa tem acontecido. É o caso da rua que dá acesso à escola Maria Lovatel Pires, no Alto da Tijuca. A placa está reluzente e até pedras foram espalhadas pela via, mas há mais de três semanas que ninguém aparece para dar sequência à obra. Não há outra explicação, senão eleitoreira, para o atraso (ou pressa?) da dita pavimentação.
Por mais ousadas que sejam as propostas de Faria, no entanto, se percebe maior consistência no que ele diz se comparado com seu adversário. Passos fala em reestruturar a Secretaria de Planejamento contratando mais gente para fazer projetos. Isso é garantia de investimento? Que projetos essa pessoa fará? Qual o foco? Não sei, o candidato não conta. Só se sabe que ele vai aumentar os custos da secretaria, com mais contratações.
Sobre o projeto para padronizar calçadas, o assunto já está sendo discutido há um bom tempo, basta colocá-lo em prática (saiba mais aqui). Sobre o calçadão, o candidato tem razão. Está horrível e hoje serve basicamente para duas coisas: prostituição e mijódromo.
Os dois candidatos têm insistido em criar um novo parque industrial para a cidade, mas nenhum dos dois respondem a duas perguntas básicas: Que indústria(s) está(ão) interessada(s) em se instalar nesse futuro parque? As empresas que estão nos parques 1 e 2 teriam de se mudar para este parque? Se for isso, quem paga a conta da mudança? É isso.