1.556 raios caíram em Canoinhas em janeiro

Em Santa Catarina foram 84 mil raios em janeiro                                                                                      

 

Em pouco mais de 30 dias, mais de 84 mil raios foram detectados por sensores do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) em Santa Catarina – quase dois por minuto, em média. Destes, 1.556 caíram em Canoinhas. Ainda na região, Monte Castelo contou 1.320 raios e Santa Cecília, 1.178.

 

Em Monte Castelo, inclusive, onze vacas morreram ao serem atingidas por raio em uma propriedade rural. O fato aconteceu na propriedade de Jucilei Grein, localizada no Rancho Grande, distante cerca de 15 quilômetros do perímetro urbano de Monte Castelo. De acordo com Grein, os animais estavam se protegendo da chuva debaixo de uma árvore quando foram atingidos pela descarga elétrica do raio. As novilhas mortas são da raça Red Angus.

 

O total de raios que caiu em SC em janeiro corresponde a somente 1,6% do total no Brasil (5 milhões) no período, que lidera o registro diário do fenômeno no mundo, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe. A informação é do jornal Diário Catarinense.

 

Apesar de nem toda a descarga elétrica atingir o solo, vale o cuidado constante com as tempestades de fim de tarde, principalmente se estiver em atividades ao ar livre no momento da formação do temporal.

 

Conforme o Inpe, 50 milhões de raios caem todos os anos no Brasil, 43% deles no verão. A cada 50 mortes no mundo, uma ocorre no país. Apenas entre 2000 e 2016, foram 1.946 mortes. Santa Catarina normalmente está fora do mapa dos Estados com maior risco – foram apenas 58 vítimas no período, com idades entre 15 e 54 anos, sendo 80% homens.

Na maior parte dos casos, as vítimas trabalhavam com agropecuária, estavam abrigadas embaixo de árvores, dentro de casa, na praia, sob uma cobertura (toldo) ou em campos de futebol.

 

 

Saiba como se proteger

> Nenhum lugar ao ar livre é seguro quando a tempestade se aproxima

 

> Se ouvir trovões, os raios estão próximos

 

> Ao ouvir um trovão, procure imediatamente um abrigo seguro: um edifício ou um veículo fechado com cobertura de metal e com as janelas fechadas

 

> Fique no abrigo por pelo menos 30 minutos depois de ouvir o último som do trovão

 

> Afaste-se de encanamentos, incluindo pias, banheiras e torneiras

 

> Fique longe de janelas e portas e evite ficar fora na varanda

 

> Não se deite em pisos de concreto e não se encoste contra paredes de concreto

 

> Conforme o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elap), do Inpe, os para-raios são muito importantes não só para edifícios, mas para casas. Se um raio acertar sua casa e não tiver um para-raios para conduzir a radiação seguramente para o solo, a eletricidade vai percorrer a casa toda, como a fiação elétrica e partes de metal. Aparelhos serão queimados e pessoas próximas de locais metálicos sofrem o risco de receber um choque fatal.

 

> Nunca se deite no chão

 

> Se for apanhado de sob céu aberto, agache-se, acocorando-se e mantendo os pés o mais próximo possível, e não toque o chão com as mãos

 

> Não procure abrigo sob uma árvore isolada

 

> Nunca use um precipício ou saliência rochosa para se proteger

 

Saia imediatamente do mar, de lagoas, lagos e outros corpos d’água

 

> Fique longe de objetos que conduzem eletricidade (cercas de arame farpado, linhas de energia, moinhos de vento)

Fontes: Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe; Carlos Augusto Morales Rodriguez, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP; National Weather Service, EUA.

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