Zezão é condenado a 11 anos por atirar contra policiais

José Roberto Pinheiro da Silva, mais conhecido como Zezão, teria feito os filhos reféns

 

 

José Roberto Pinheiro da Silva, mais conhecido como Zezão, foi condenado a 11 anos de prisão por ter atirado contra policiais civis durante cumprimento de um mandado de prisão em maio de 2014 no interior de Bela Vista do Toldo. O júri acrescentou mais um ano por porte ilegal de arma de fogo. O julgamento aconteceu nesta sexta-feira, 10, no Fórum da comarca de Canoinhas.

 

Zezão era acusado de ter feito os próprios filhos reféns e de ter atirado contra dois policiais civis que tentavam cumprir mandado de prisão contra ele.

 

Segundo apurou o inquérito policial contra Zezão, ao perceber a presença dos policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas e de Bela Vista do Toldo cercando sua casa, Zezão os surpreendeu ao apontar uma arma para a cabeça de uma menina de um ano e sete meses. A outra criança tinha três anos.

 

Segundo o delegado que coordenou a ação, Wagner Valdivino Meirelles, os agentes começaram a negociar com Zezão para que ele libertasse as crianças e se entregasse, já que a casa estava cercada. No entanto, o homem deixou a residência com a arma apontada para a menina e se aproximou de um matagal. Nesse momento, de acordo com Meirelles, ele ameaçou os policiais dizendo que caso eles se aproximassem, atiraria na criança e, em seguida, cometeria suicídio.

 

Sem a autorização da polícia, um adolescente se aproximou de Zezão. O suspeito entregou a menina mais nova para o jovem. Entretanto, manteve a garotinha de três anos sob a mira da arma. Em seguida, conforme o delegado, o mesmo adolescente se aproveitou da distração dos policiais para pegar uma pedra e tentar atingir a cabeça de um dos agentes, e Zezão começou a disparar contra os policiais.

 

Com a criança no colo, o suspeito correu para dentro da mata e logo depois jogou a menina em uma ribanceira de aproximadamente dois metros de profundidade. Como não estava mais com a menina, os policiais começaram a disparar contra ele, que conseguiu se esconder, mas acabou preso dias depois. Na fuga, ele deixou cair um coldre com munições intactas de calibre 38.

 

Zezão era foragido da penitenciária de Chapecó, Oeste do Estado. Ele tem passagens pela polícia por homicídio, furto e formação de quadrilha e deve somar essa pena aos outros 18 anos que cumpre na Penitenciária de Chapecó pelo homicídio.

 

Quando o crime aconteceu, a mãe das crianças estava há 20 dias internada no hospital Santa Cruz, em Canoinhas, por ter abortado o oitavo filho do casal. As crianças foram colocadas sob os cuidados do Conselho Tutelar de Bela Vista do Toldo.

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