Solução para problema da maternidade do HSC exige diálogo

Edinei Wassoaski analisa conflito entre direção e pediatras do Hospital Santa Cruz                                                                                                          

 

Depois de um mês de instabilidade, a maternidade do Hospital Santa Cruz (HSC), de Canoinhas, fechou de vez na semana passada. Até agora, apesar do esforço da direção do HSC, não há perspectiva de abertura. O problema é gravíssimo e exige que a negociação se dê sem armas nem armaduras.

Canoinhas tem nove médicos pediatras. Três deles fizeram o sobreaviso 24h até o final do ano passado, mesmo depois de ver a remuneração reduzida por causa da deserção dos Municípios da comarca, que optaram por mandar suas gestantes para Mafra só para não ratear o valor do sobreaviso do HSC, arcado 100%, desde agosto de 2016, pela prefeitura de Canoinhas.

Recebendo menos, os pediatras procuraram alternativas de renda. Dois deles passaram em concursos de Major Vieira e Três Barras com o dever de cumprir plantão presencial todas as manhãs. A situação inviabilizou o sobreaviso 24 horas no HSC, levando-os a dar um ultimato: a situação seguiria até 31 de dezembro de 2016. Depois, os três médicos seguiriam no sobreaviso se um quarto fosse contratado, justamente para tapar o furo que eles deixavam na escala para assumir seus compromissos com os municípios vizinhos.

Beto Passos (PSD) assumiu com essa bomba nas mãos. Pediu compreensão e os pediatras toleraram mais um mês. Aumentou o valor do sobreaviso, mas a situação da falta de um quarto pediatra não foi resolvida.

O que ocorre a partir daí parece telefone sem fio. A direção do HSC e da Secretaria de Saúde dizem que se esgotaram todas as possibilidades de diálogo com os pediatras. Estes, por sua vez, dizem que não houve diálogo e se mostram, inclusive, surpresos com a informação de que o HSC negocia a vinda de uma pediatra que cumpriria 15 dias direto, sozinha, no sobreaviso.

 

A PROPÓSITO: A história se repete. Pelo mesmo motivo, em 2010, a maternidade ficou fechada por mais de um mês. A solução foi a unidade atender sem sobreaviso até a contratação de um pediatra que fechasse a escala.

 

 

Se um dia fui pobre, esqueci

A viagem do vereador Dega, de Três Barras, a um hotel fazenda em Francisco Beltrão só diria respeito a ele e seus amigos se fotos e vídeos da viagem não fossem amplamente espalhadas pelas redes sociais, causando revolta nos moradores da cidade. Em uma das fotos, Dega mostra notas de R$ 50 espalhadas em uma mesa. No vídeo, à beira da piscina, xinga Beth por não ter votado nele. “Se você tivesse votado em mim poderia estar junto”, diz o vereador. A essa altura o que todo mundo quer saber é que destino tomou a pobre da Beth.

 

 

Quanto deve ganhar o vereador?

Depende. O cidadão sem pretensões políticas tende a condenar o pobre coitado à filantropia, com remuneração zero. Quem tem pretensões políticas certamente pensará o contrário. Fato é que no Brasil, sem exceções, todos pensam no seu primeiro. A diferença é que o vereador define seu “subsídio” (eles não chamam salário de salário). A pergunta que todos temos de nos fazer antes da que dá título a essa nota é: “Se você definisse seu salário, quanto seria?”

 

 

Mas não estava doente?

Os colegas do servidor efetivo da Saúde de Canoinhas, Claudio Henrique Mathias, ficaram felizes em saber que os problemas de saúde que o levaram a se licenciar do trabalho foram resolvidos com o convite do prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini (PMDB), para que ele assumisse a Secretaria de Saúde do Município. Um santo remédio cuja receita todos os moribundos clamam.

 

 

PERGUNTA PERTINENTE:

Precisa um bebê morrer para se resolver a situação da maternidade?

 

 

Divulgação

PEDIDOS

O secretário do Meio Ambiente, Hilário Kath, e supervisor Edmar Padilha Junior em conversa com o deputado estadual e presidente da Alesc, Silvio Dreveck, na sexta-feira, 3, buscando apoio para melhorias em Canoinhas. Dreveck se comprometeu em auxiliar o Município estruturando a pasta com equipamentos. O parlamentar sinalizou ainda o apoio com pavimentação.

 

Gastança

Os deputados federais e os senadores catarinenses torraram R$ 7,62 milhões em despesas que vão de almoços a passagens aéreas só em 2016. Marco Tebaldi (PSDB) lidera a gastança com R$ 483,4 mil, seguido de Ronaldo Benedet (PMDB) com R$ 482,7 mil. Mauro Mariani (PMDB) foi o que gastou menos se considerarmos somente quem cumpriu mandato o ano todo. Foram R$ 345,4 mil gastos.

No Senado, Paulo Bauer (PSDB) lidera a gastança com R$ 448,4 mil.

 

 

 

No 1º ano é inconstitucional. No último é promoção. Então não dá”

Do vereador Paulo Glinski (PSD), reclamando da má vontade de seus colegas com os projetos de lei que apresentou em 2016 e 2017 que visam reduzir o salários dos edis

 

 

 

 RÁPIDAS

R$ 3,69: é a média do preço do litro da gasolina comum no Estado de Santa Catarina conforme pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

 

R$ 2,1 BILHÕES: é quanto a Casan afirma estar investindo em obras de saneamento e melhoria da rede de água no Estado.

 

A PROPÓSITO: a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Canoinhas deve ser concluída em abril, promete a Casan.

 

DIVERGÊNCIA: Enquanto Mauro Mariani acredita que seja a hora de colocar o candidato oficial do PMDB na praça, Pinho Moreira discorda. Quer esperar 2018 chegar.

 

 

R$ 14,6 MILHÕES: foram liberados nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde para os Municípios catarinenses que penam com atrasos nos repasses.

 

16,5% foi o aumento de produtividade no ano passado no julgamento de ações trabalhistas em SC. Foram julgados 93 mil processos, 13 mil a mais que em 2015.

 

 

ESPECULAÇÃO: Deputado federal Marco Tebaldi (PSDB) indicou o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, como pré-candidato do partido ao governo.

 

E AÍ?: Resta saber o que o senador Paulo Bauer (PSDB) pensa disso.

 

 

 

Rolar para cima