Canoinhas terá três apresentações teatrais nesta semana

Espetáculos serão apresentados na Fameplan de terça a quinta-feira                                                                                                                                            

O circuito EmCenaCatarina Sesc 2017 segue com apresentações gratuitas de espetáculos selecionados para o projeto: a peça teatral “A Luva e a Pedra” do Teatro em Trâmite, o espetáculo de dança contemporânea “Recluso”, de Elke Siedler e Diogo Vaz Franco, e a performance em dança “O pior de mim”, de Monica Siedler com o artista visual Bruno Bez. Em formato de mostras, com três dias consecutivos de apresentações seguidas por bate-papo com os artistas, a programação iniciou pelo Oeste no mês de abril. A próxima etapa acontece em Caçador (05 a 07/06), Canoinhas (06 a 08/06), São Bento do Sul (07 a 09/06), Jaraguá do Sul (08 a 10/06), Joinville (09 a 11/06). Até o mês de setembro, 25 cidades recebem o projeto, que realizará ao todo 75 apresentações. As programações detalhadas podem ser consultadas aqui.

 

Há 17 anos na estrada, o EmCenaCatarina é o maior projeto de circulação de espetáculos de artes cênicas Santa Catarina, que fomenta e valoriza a cultura local. A cada ano, três grupos de teatro, circo ou dança do Estado são selecionados para compor o circuito, levando gratuitamente um recorte do melhor da produção local na linguagem, para todas as regiões do Estado. Neste ano, a seleção ocorreu via a Plataforma IDCult/Sesc, que recebeu um grande número de propostas culturais, entre os meses de outubro e novembro de 2016.

 

“Ao longo da história do projeto, o EmCenaCatarina apresentou aos catarinenses muitos espetáculos teatrais, sendo que este ano teremos o prazer de mostrar ao público um pouco da produção de dança do nosso Estado, que tem crescido em qualidade e se firmado no panorama nacional”, declara Maria Teresa Piccoli, gerente de Cultura do Sesc/SC.

 

O monólogo a “A luva e a pedra”, do Teatro em Trâmite, faz uma reflexão sobre destino e liberdade. Com direção e atuação de André Francisco, a peça conta a história de Nelson Santos e fala da sua memória de uma época passada: o interior da França, onde viveu, seu ambiente, seus valores, anedotas sobre o que aconteceu com ele, deixando-nos conhecer uma série de personagens que influenciaram sua vida, entre eles o André, empresário do boxe que será fundamental para o futuro do Nelson e do resultado da sua história. Após a apresentação acontece o debate “14 anos em Trâmite – história e trajetória do grupo Teatro em Trâmite de Florianópolis”, um bate-papo sobre a montagem da peça “A Luva e a Pedra” e a trajetória do grupo, que se destaca pela relevante pesquisa teatral em Santa Catarina e pelas atividades no espaço cultural Casa Vermelha.

 

“Recluso” é um solo de dança contemporânea, de Elke Siedler com o bailarino Diogo Vaz Franco, criado a partir de experiências pessoais de dor psicofísica dos artistas do projeto em confluência com a obra “De Profundis”, do escritor britânico Oscar Wilde. A proposta é criar uma ambiência prisional habitada por fluxos contínuos de movimentos enquanto metáfora poética sobre as transformações transitórias da dor, tecidas ao longo de uma temporalidade dilatada no sombrio da existência humana. A apresentação será seguida por uma conversa comandada por Elke Siedler, acerca dos entendimentos contemporâneos de dramaturgia em dança em diálogo com os procedimentos artísticos que perpassaram a composição do espetáculo.

 

Na performance em dança “O Pior de Mim”, Monica Siedler propõe uma corporalidade de guerra e improvisos, interrogações sobre os limites das relações entre corpo e obra de arte, como elementos jogados em cena e cujo drama gira em torno do que, imagina-se, perpassa o pior de mim. Com imagens videográficas projetadas num telão, manipuladas ao vivo pelo artista visual Bruno Bez, cria-se a relação entre corpo e projeção que conversam entre si e o público. O debate “Criação de si como obra de arte” acontece no final da apresentação, tendo como referência a performance, para refletir e problematizar sobre procedimentos de criação artística no qual artistas partem de sua biografia pessoal para compor dramaturgias para a cena.

 

CRONOGRAMA EMCENACATARINA 2017

Caçador

05/06, às 20h, no Céu das Artes – R. Dinarte José Rodrigues, 99 – Martello: A Luva e Pedra

 

06/06, às 20h, no IFSC – Av. Fahdo Thomé, 3000 – Champagnat: Recluso

 

07/06, às 20h, na Faculdade Senac – Av. 7 de Setembro, 169 – Centro – O Pior de Mim
Canoinhas

06/06, às 19h30, FAMEPLAN / Auditório – Rua Sen. Felipe Schimidt, 1355 – Centro: A Luva e Pedra

 

07/06, às 19h30, FAMEPLAN / Auditório – Rua Sen. Felipe Schimidt, 1355 – Centro: Recluso

 

08/06, às 19h30, FAMEPLAN / Auditório – Rua Sen. Felipe Schimidt, 1355 – Centro: O Pior de Mim
São Bento do Sul

07/06, às 19h30, na Sociedade Ginástica e Desportiva São Bento  (R. Vigando Koch, 100 – Centro): A Luva e Pedra

 

08/06, às 19h30, no Centro Cultura Genésio Tureck (R. Felipe Schmidt, 154 – Centro): Recluso

 

09/06, às 19h30, no Centro Cultura Genésio Tureck (R. Felipe Schmidt, 154 – Centro):: O Pior de Mim
Jaraguá do Sul

08/06, às 20h, Teatro do Sesc em Jaraguá do Sul (Rua Jorge Czerniewicz, 633): A Luva e Pedra

 

09/06, às 20h, Teatro do Sesc em Jaraguá do Sul (Rua Jorge Czerniewicz, 633): Recluso

 

10/06, às 19h: Teatro do Sesc em Jaraguá do Sul (Rua Jorge Czerniewicz, 633): O Pior de Mim

 

Joinville

09/06, às 20h, no Teatro do Sesc. Rua Itaiópolis, 470 – América: A Luva e Pedra

 

10/06, às 20h, no Teatro do Sesc. Rua Itaiópolis, 470 – América: Recluso

 

11/06, às 20h, no Teatro do Sesc. Rua Itaiópolis, 470 – América: O Pior de Mim

 

 

 

 

SAIBA MAIS SOBRE OS ESPETÁCULOS
Espetáculo: “A Luva e a Pedra”, do Teatro em Trâmite (Florianópolis)

Classificação etária: 12 anos

Sinopse: Nelson Santos é um boxeador que fala da memória de uma época passada, no interior da França, onde viveu. A peça faz uma reflexão sobre destino e liberdade, lançando mão de questões que todos já fizemos um dia: Nós escolhemos nosso futuro? Ou apenas viajamos um caminho já traçado? (Teatro, 55 min)

 

Espetáculo: “Recluso”, de Elke Siedler e Diogo Vaz Franco (Florianópolis)


Classificação etária: 14 anos

Sinopse: Solo de dança contemporânea criado em confluência com a obra DE PROFUNDIS de Oscar Wilde. A proposta é criar uma ambiência prisional habitada por fluxos contínuos de movimentos enquanto metáfora poética sobre as transformações transitórias da dor, tecidas ao longo de uma temporalidade dilatada. (Duração: 45 min)

 

Elke Siedler é artista-docente da dança contemporânea. Doutora em Comunicação e Semiótica, pela PUC/SP; Mestre em Dança e Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança, pela UFBA. Foi professora colaboradora da Graduação de Teatro, da UDESC (2013-2014). Foi bailarina do Grupo Cena 11 Cia. de Dança (1996 a 2002) e intérprete criadora da Siedler Cia. de Dança (2003 a 2013). Desde 2014 desenvolve trabalhos solo, sendo que atualmente está em cartaz com o espetáculo solo Rec(L)usadx, que trata sobre as reverberações no corpo em decorrência das superficialidades das relações humanas.

 

Diogo Vaz Franco Santiago é graduado em Artes Cênicas pela UDESC. De 2006 a 2008 teve treinamento em técnicas circenses com Jean Machado e desde então desenvolve trabalho artístico independente como acrobata aéreo. Desde 2009 é aluno-bolsista de balé  clássico   da  Associação  Cultural  Arte.Dança,   sendo   bailarino   nos   espetáculos   ‘Coppélia’(2009), ‘Escrito à Mão’ (2010) e ‘O Quebra Nozes’ (2011). Fez parte do elenco do espetáculo de dança-teatro ‘O  Asno   de  Apuleio’   (2008)   pela  Andras,  Cia.   de   Dança-Teatro.   Atualmente desenvolve treinamento na escola de circo CircoCan (Florianópolis/SC) e integra a cia. de circo contemporâneo Circar.

 

Espetáculo: “O Pior de Mim”, de Monica Siedler com Bruno Bez (Florianópolis)


Classificação etária: 14 anos

Sinopse: Um corpo coletivo em ruínas está defronte aos fracassos de suas ações passadas. É uma dança de comportamentos viciados, um acionamento, algo disparado por outrem, onde a materialidade do corpo conversa com a projeção imagética em uma ambiência de precariedade e transitoriedade. (Duração 35-45 min)

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