Descarte inadequado de medicamentos pode causar danos ao meio ambiente

Vigilância Sanitária de Irineópolis coletou mais de 300 quilos de remédios vencidos por meio de uma gincana

 

 

Guardados nos armários até perder a validade, é assim que muitos medicamentos ficam. Contudo, é na hora de fazer o descarte que muitas pessoas ainda não sabem como proceder.

 

 

Realidade comum em diversas cidades, o descarte incorreto deste tipo de lixo preocupa, pois os resíduos provenientes dos remédios podem ser perigosos, especialmente quando descartados no lixo comum ou na rede de esgoto, pois há a possibilidade de contaminação do solo e da água.

 

 

Foi pensando nisso, a Vigilância Sanitária de Irineópolis realizou uma gincana com os alunos do 5º ano das escolas municipais: Dalmo Edson Sfair, Zélia Milles, Adolfo Konder, Guilherme Bossow e escola do Campo de Vila Nova. O objetivo da gincana, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de Junho foi coletar o máximo de medicamentos vencidos, conscientizando os alunos sobre a importância do descarte correto do material.

 

 

Ellen Colombo/Divulgação

Para a surpresa da equipe, foram coletados mais de 300 quilos de medicamentos vencidos e infelizmente maioria dos medicamentos coletados foi distribuído gratuitamente nas Unidades de Saúde do município. Diversas cartelas cheias, frascos de medicamentos que não foram nem abertos, entre outros descasos.  Para a Secretaria de Saúde esta atitude é muito nociva, pois prejudica outros pacientes que precisam desses medicamentos. Somente no ano de 2016, a Administração investiu R$271.309,86 em medicamentos para garantir que a população tenha acesso ao tratamento.

 

 

A secretária de Saúde, Giseli Kempinski salienta que o investimento na compra de medicamentos é alto, pois a Administração se preocupa para que não faltem remédios em nenhuma Unidade Básica de Saúde e no Hospital Municipal, no qual é disponibilizada a primeira dose no plantão. Para ela, o desperdício ao munícipe pode ser de pouca visibilidade, mas esta situação adquire uma proporção gigante e gastos elevados. “As famosas “farmacinhas” domésticas, as sobras de receitas e tratamentos médicos que deixamos em nossas gavetas, ou pior quando nem fazemos uso da medicação, demonstra o quanto de dinheiro é jogado fora em forma de comprimido, antibióticos, pomadas”, diz.  Segundo ela, este valor, que vai para o lixo, poderia ser investindo em mais consultas, exames e outros procedimentos na área da saúde.

 

 

Giseli ressalta ainda, que atualmente, a Secretaria de Saúde possui dois farmacêuticos atuantes, que além de distribuir os medicamentos, são responsáveis pela orientação no momento da entrega, e é por isso, que de acordo com a secretária, é necessário conscientizar a população quanto ao uso correto do medicamento. “O paciente deve levar para casa somente o que realmente fará uso, pois com esta atitude, poderá garantir o medicamento de quem realmente precisa”, finaliza.

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