A cada 10 unidades prisionais catarinenses, seis são avaliadas como péssimas, ruins ou regulares
Levantamento do sistema Geopresídios, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com informações repassadas mensalmente por juízes de execução pena, divulgado nesta terça-feira, 13, pelo jornal Diário Catarinense, mostra que as condições da Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas, de onde fugiu um detento de alta periculosidade no domingo, 11, é péssima.
A cada 10 unidades prisionais catarinenses, seis são avaliadas como péssimas, ruins ou regulares. Somente um terço é considerado bom e apenas três prisões do Estado têm classificação excelente.
Santa Catarina tem 50 unidades avaliadas. A maioria aparece no sistema com lotação acima da capacidade máxima. Segundo o banco de dados, o Estado hoje abriga 18,7 mil presos e sofre com um déficit de cerca de 3,5 mil vagas. Entre as cadeias consideradas péssimas estão unidades de grande porte, marcadas por fugas nos últimos anos, como os presídios regionais de Joinville e Blumenau, além da Penitenciária de Florianópolis.
Pelo menos 33 das 50 unidades de Santa Catarina estão sob interdição parcial por força judicial, o que ocorre devido à superlotação e também pesa na avaliação de cada estabelecimento. Hoje, a UPA de Canoinhas comporta pelo menos o dobro de detentos além da sua capacidade.