Vereadoras trocam farpas por causa de novo modelo da Saúde

Volta de amparo em clínica específica foi solicitado por Telma Bley através de requerimento enviado à Secretaria da Saúde

 

 

Nesta segunda-feira , 12, a vereadora Telma Bley (PMDB) fez uso da Tribuna para justificar requerimento de sua autoria, que encaminha ofício a Alexandra Iglikowski, secretária municipal da Saúde, solicitando que os atendimentos às gestantes, que eram realizados na Clínica da Mulher e da Criança, retornem em caráter emergencial. De acordo com a ex-secretária da pasta, há um clamor popular e de funcionários da pasta para que a assistência volte a ser realizada naquele espaço. “Há uma grande dificuldade na separação de serviços. Agora os laboratórios, vacinas e o preventivo do câncer ficaram na Clínica da Mulher e as consultas de pré-natal, o puerpério e as consultas ginecológicas estão na Policlínica”, explicou Telma, que indicou que “isso não dá certo.”

 

 

Telma e Zenici na sessão de segunda-feira, 12/Dayanne Wolf

De acordo com a vereadora, na Policlínica não há um espaço reservado exclusivamente às gestantes, que acabam dividindo o ambiente com todos os tipos de pacientes, o que as deixa expostas a patologias diversas e tira sua privacidade. “É nos exames de pré-natal que muitas vezes são descobertas doenças sexualmente transmissíveis, fato esse em que a gestante precisa de cuidado redobrado”, atentou. Telma ainda disse que as pacientes costumavam trocar experiências na sala de espera da Clínica da Mulher, o que não ocorre no novo local, devido ao desconforto ocasionado pela presença de pacientes de outras especialidades.

 

 

Quanto ao cuidado da família e dos homens, mais especificamente falando, a vereadora destacou que isso deve sim ser realizado, mas nos postos de saúde, sendo os casos mais graves encaminhados a um urologista. Por fim, Telma destacou que mudanças devem ser pensadas com responsabilidade.

 

Provocando a vereadora Zenici Dreher (PR) disse que a Secretaria de Saúde tem duas gestoras: “uma de fato e outra de direito”, fazendo uma referência ao trabalho de Zenici junto a Alexandra.

 

Norma Pereira (PSDB) disse na sequência que é preciso ter paciência para que novos planos de governo mostrem avanços. Ela destacou que o papel do vereador é ouvir os anseios da população e tentar agir para otimizar estas questões. Neste caso, segundo ela, o que tem se ouvido é requisição com relação à fila de espera e à falta de uma psicóloga, a título do que era oferecido na Clínica da Mulher e da Criança.

 

 

Atuando como servidora da saúde municipal, a vereadora Zenici que, assim como Telma Bley, é assistente social, questionou o motivo de as gestantes não poderem ser atendidas nas unidades básicas, se estes locais são destinados para acolher as famílias. Após ressaltar que a resposta ao requerimento será enviada pela equipe de saúde por escrito, Zenici concordou que as gestantes precisam ter atendimento exclusivo, mas que elas devem receber amparo em seu território “e não se deslocar a uma unidade específica.” “A equipe da saúde tem obrigação de atender todos. E a ideia foi pensada por toda a equipe e todas as enfermeiras envolvidas, que fizeram um levantamento na Policlínica antes”, explicou a vereadora, que ainda pediu uma oportunidade para que a unidade central seja referência onde não há uma equipe de saúde da família, “que é 68% do município.”

 

 

Com relação à saúde dos homens, Zenici garantiu que não os deixará descobertos de assistência à saúde, mesmo que ainda haja preconceitos. “Está na hora de quebrarmos paradigmas”, pontuou.

 

 

Para completar, respondeu a provocação de Telma: “Canoinhas não tem duas secretárias de Saúde, tem três: Uma de fato, outra de direito e uma que ainda pensa que é secretária”.

 

 

Telma reagiu afirmando que não pensa que é secretária. “Eu não sou secretária, sou vereadora” e elencou suas realizações enquanto secretária.

 

 

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